Gêmeas ricas de Manaus polemizam após tomar vacina no primeiro dia de imunização

As gêmeas Gabrielle Kirk Lins e Isabele Kirk Lins, de Manaus, no Amazonas, deram o que falar nas redes sociais nesta terça-feira, 19, após postarem fotos tomando a vacina da Covid-19 no primeiro dia de imunização.

Também circularam no WhatsApp, após a postagem, imagens da nomeação de Gabrielle como gerente de projetos da Secretaria Municipal de Saúde, no Diário Oficial de Manaus, em 18 de janeiro, antes de começarem as vacinações na cidade. A irmã dela também teria sido nomeada, um dia depois.

O sobrenome das duas é conhecido na região: são da família de Nilton da Costa Lins Júnior, presidente da mantenedora da Universidade Nilton Lins, uma das maiores da capital amazonense. A família também teria membros com carreira política. Dentro das instalações da universidade existe uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Os profissionais de saúde local teriam se irritado porque as gêmeas atuam há pouco tempo como servidoras da saúde e receberam a CoronaVac antes de médicos que estariam em hospitais com situações mais caóticas. A prefeitura respondeu em nota:

“Do total de doses recebido, a prefeitura reservou 12,2% delas para os profissionais da rede municipal, que estão atuando no enfrentamento à Covid-19 […] Sobre o caso das médicas Gabrielle Kirk Lins e Isabbele Kirk Lins, vacinadas neste primeiro dia de imunização, não há nenhuma irregularidade, uma vez que se encontram nomeadas e atuando legitimamente no plantão da unidade de saúde, para a qual foram designadas, em razão da urgência e exceção sanitárias, estabelecidas nos primeiros 15 dias da nova gestão”.

No Facebook, Gabrielle se defendeu: “Realmente eu sou médica, sim, formada em maio de 2020, durante o primeiro pico da pandemia. Desde a semana passada fui convidada pra atuar na atenção primeira ao COVID, na nova UBS da prefeitura. E hoje durante meu plantão fui convidada a me vacinar juntamente com os demais médicos e enfermeiros das unidades. Realmente não propague fake news, isso é triste!”, declarou.

Na imagem que circula junto com a nomeação do Diário Oficial, está a foto das duas com uma legenda, semelhante às feitas para postagens de estories: “Que Deus proteja os anjos da linha de frente do Covid. Além do caos, temos que enfrentar a inveja e o ódio do ser humano!”, pode-se ler.

Com informações da revista Fórum.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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