No município de Brejo do Cruz, no interior da Paraíba, um decreto assinado pelo prefeito Tales Torricelli, permite o sacrifício de animais em situação de rua, abandonados, soltos ou com suspeita de contaminação por doenças transmissíveis ou não para o ser humano.
Uma justificativa foi o crescente número de acidentes de trânsito e doenças causadas pelos animais soltos ou abandonados nas ruas do município. O decreto causou revolta nas redes sociais, principalmente em entidades ligadas à causa animal. Conforme o documento publicado nesta semana, animais de pequeno, médio e grande porte que estiverem soltos nas ruas, ou locais de livre acesso à população, serão recolhidos e podem ser sacrificados.
Após serem recolhidos, os animais podem ser resgatados pelos donos em até sete dias úteis, conforme texto do decreto. Após esse prazo, o animal poderá ser doado, sacrificado ou colocado para leilão.
Ressaltando que, de acordo com o decreto, se o animal recolhido estiver doente, em situação de “apreensão impraticável”, ele pode ser sacrificado in loco. A determinação é para animais com moléstia que possam causar dano à saúde pública.
A prefeitura classificou os animais em: pequeno porte (felinos e caninos); médio porte (suínos, caprinos e ovinos); e grande porte (bovinos, equinos, muares, asininos e bubalinos).
Depois de ser alvo de pressão e retaliações nas redes sociais, o voltou atrás acerca do decreto. Em uma publicação em seu perfil no Instagram, na tarde desta quinta-feira, 19, o gestor afirmou que o decreto será revogado e que nenhum animal será sacrificado.