Federação de Teatro de Goiás retoma programação

Nesta terça-feira, o Diário do Estado entrevistou Norval Berbari, vice-presidente da Federação de Teatro de Goiás, que falou sobre um novo projeto de retomada das atividades culturais em Goiânia. “O Ocupa Feteg é um projeto aprovado e apoiado pelo Fundo de Arte e Cultura do estado de Goiás em edital de 2018, e prevê uma série de atividades artísticas, apresentações cênicas e oficinas formativas que serão executadas por 25 grupos filiados da federação”, explica o ator.

“Vão trazer o que tem de melhor no seu repertório. Serão 25 espetáculos cênicos e 26 oficinas, tudo gratuito. Já estamos na terceira e maior etapa do projeto, que tem 17 espetáculos e 17 oficinas. Tudo era para acontecer na sede da Feteg, por isso o nome, mas infelizmente a pandemia pegou a todos de surpresa“, descreve o artista. “O projeto tem prazo para ser realizado, então estamos fazendo tudo na medida do possível, deste dia 28 até a primeira dezena de abril“, conta.

Os espetáculos poderão ser conferidos no canal da Feteg no Youtube, aberto para todas as pessoas, com classificação indicativa quando necessário. “Vai estar disponível ao vivo e alguns dias ou meses depois, para as pessoas terem acesso. As oficinas, também virtuais, são muitas áreas e cada ministrante estabeleceu um limite de vagas. As inscrições estão abertas com o link na Bio da descrição da Feteg no Instagram”, explica o organizador, que reforça: “tudo gratuito!‘.

Segundo Norval, há espetáculos para todos os gastos: infantis, adolescentes, dramas, comédias e até musicais. “Tem o espetáculo ‘Viola Cabocla’, um musical caipira, que vai contar a cantar a história da música caipira. Eles também vão ministrar uma oficina de viola caipira”, conta, para os goianos interessados em música raiz. “Terá espetáculo de circo, de Inhumas, oficinas de leitura dramática, de teatro musical e até de teatro ‘Lambe-Lambe’, que é aquele teatro com bonequinhos feitos em caixa cênica”, convida Berbari.

Veja informações sobre os espetáculos no Instagram da Feteg: clique aqui!

Assista a muito mais sobre o teatro goiano na entrevista acima.

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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