MP quer derrubar decreto da prefeitura de Terezópolis que flexibiliza isolamento social

Por intermédio da Promotoria de Justiça de Goianápolis, o Ministério Público de Goiás entrou com ação de nulidade de ato administrativo contra um decreto da prefeitura da cidade de Terezópolis que flexibiliza o uso de máscaras, o funcionamento das atividades e serviços.

O MP requereu que o Poder Judiciário determine ao prefeito Uilton Santos que não edite mais normas neste sentido. De acordo com o promotor Marcelo Faria da Costa Lima, o decreto de número 1/2021, viola das recomendações de isolamento social da Organização Mundial da Saúde.

Segundo ele, foi expedida a Recomendação MP nº 1/2021, orientando o prefeito de Terezópolis de Goiás e o secretário municipal de Saúde sobre a necessidade de retificação do decreto, bem como de observar, em outros atos que desta natureza, que não flexibilizem a quarentena nem incentivem a diminuição do distanciamento social além das regras estaduais.

O site do Ministério Público afirma que, após reunião com o prefeito e o secretário de saúde, de maneira virtual, ficou deliberado que o chefe do executivo daria uma resposta ao teor da recomendação, o que não teria ocorrido no prazo estipulado. A partir disso, a promotoria entrou com a ação judicial.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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