Você sabe como funciona a Lei de Acesso a Informação?

De imediato, é bem importante saber que o acesso à informação pública é um direito fundamental. Então, se faz necessário o conhecimento para que as informações públicas sejam bastante abrangente.

Ela é prevista na Lei de Acesso a Informação e também na Constituição Federal de 1988. Isso significa que qualquer ato do governo que não coloque em risco a segurança da sociedade, bem como os interesses da administração pública, deve ser publicado para controle social. Assim sendo, a publicidade é uma regra geral, somente podendo ser dispensada nos casos citados anteriormente.

O acesso à informação se dá por meio do portal de transparência dos governos municipais, estaduais e federais. No caso da União, temos o site Portal da Transparência, que materializa a obrigatoriedade exigida pela Lei 12.527. Neste portal, pode-se encontrar desde folha de pagamento de servidores, até transferência de recursos para órgãos da administração direta e indireta, bem como para estados e municípios. Basta acessá-lo e encontrar o que se deseja. Importante dizer que se trata de informações genéricas.

Portal de Transparência do Governo não atualiza dados desde novembro | Brasil | EL PAÍS Brasil

Para informações precisas acerca de um órgão específico da administração direta ou indireta, é preciso preencher um formulário, bem como se identificar e especificar a informação requerida. O pedido de informação requerida deve ser feito de maneira clara, observando-se os limites de atuação do referido ente. Por exemplo, não pode o INSS ceder informações a respeito do Banco do Brasil. Por isso, deve-se fazer a solicitação ao órgão competente.

Após a solicitação do pedido de acesso à informação, a administração pública tem o prazo de no máximo 20 dias para concedê-la, podendo prorrogá-lo por mais 10 dias, mediante justificativa expressa.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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