Suspeitos de roubar e adulterar agrotóxicos são presos em Goiânia

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) prendeu, durante a Operação Piratas do Campo, seis pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa especializada em roubar, adulterar e receptar agrotóxicos em Goiânia.

Na ocasião, foram recuperados R$ 15 milhões em venenos agrícolas, medicamentos veterinários, gêneros alimentícios, aço para construção civil, bebidas, sementes, motores para irrigação e outros produtos.

Segundo as investigações, o grupo criminoso roubava cargas de venenos agrícolas de marcas reconhecidas internacionalmente, acrescentando a elas etanol e corantes, multiplicando em até 20 vezes o volume dos produtos. Após o processo, os agrotóxicos eram vendidos como se fossem originais.

Na operação, os policiais encontraram três galpões com mais de mil metros quadrados cada, utilizados para armazenamento do produto roubado. Nove veículos, dentre eles caminhões e micro-ônibus, além de customizados maquinários para a falsificação de defensivos também foram apreendidos, os quais somados ultrapassam o valor de R$ 1 milhão.

Ainda de acordo com as investigações, os organizadores e líderes do esquema seriam, em sua maioria, donos de gráficas, fabricantes de embalagens e tampas, empresários do ramo de compra e venda de defensivos. As vítimas, por sua vez, eram fazendeiros e empresários.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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