Alemanha decide não aplicar vacina de Oxford em idosos

Em recomendação, o comitê responsável pela vacinação na Alemanha afirmou que a vacina inglesa de Oxford/AstraZeneca só deve ser administrada em pessoas na faixa etária dos 18 aos 64 anos. Eles justificaram a medida com a alegada falta de informações sobre os efeitos do imunizante nestes pacientes.

“Atualmente, não há dados suficientes disponíveis para avaliar a eficácia da vacina a partir dos 65 anos de idade”, disse o comitê. As vacinas da Moderna e da Pfizer não compartilharam da mesma ressalva no país europeu.

Em resposta, o porta-voz da AstraZeneca afirmou que as últimas análises se basearam na hipótese de que haja sim eficácia para grupos de mais de 65 anos. O CEO do laboratório, Pascal Sariot, já havia reconhecido a possibilidade de que alguns países não aplicassem a vacina em idosos, já que haveria um “volume limitado de dados sobre esta população”.

Boris Johnson, premiê da Inglaterra, garantiu que as evidências apontam para boa resposta imune em todas as idades.

Imagem: Matthias Bein/AFP

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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