Mesmo com “leite condensado”, Bolsonaro lidera em todas as simulações eleitorais

Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas apontou que Jair Bolsonaro continua liderando as projeções para as próximas eleições presidenciais de 2022. Ele lidera com 30,5% das intenções de voto, seguido por Sergio Moro, com 12%, Ciro Gomes (PDT), com 10,6%, Fernando Haddad (PT), com 9,5%, e Luciano Hulk, com 8,1%.

Todos os nomes acima, menos o do atual presidente, estão empatados dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Aa projeção foi a primeira desde o fim do auxílio emergencial, e dentro do contexto da polêmica do “leite condensado“, já que a primeira matéria do jornal Metrópolis (sobre o assunto) foi publicada no dia 24 de janeiro, e a pesquisa foi feita com os eleitores entre os dias 22 e 26 do mesmo mês.

O cenário mais apertado para Bolsonaro no primeiro turno seria contra Luís Inácio Lula da Silva. A diferença entre os dois seria de 14 pontos, tendo Bolsonaro com 31% e Lula com 17%. Mas Lula, condenado em segunda instância na Justiça, está enquadrado na Lei da Ficha Limpa, apesar do político ainda tentar reverter o resultado de seu processo na Operação Lava Jato.

Em um eventual segundo turno, Bolsonaro liderou em quatro projeções, empatando na margem de erro em apenas uma, contra Moro. O presidente (sem partido), aparece com 39,1, e o ex-juiz com 37,6%.

Imagem: Sergio Moraes/Reuters

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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