Dia de Dom Bosco: o santo que trouxe um defunto de volta à vida para se confessar

Nascido na Itália, em 1815, João Bosco foi um grande santo da Igreja Católica, conhecido por ser o padroeiro da juventude. Ele se tornou padre aos 26 anos, e sofreu muito por ser incompreendido, já que sua ousadia e fé o fazia realizar grandes obras e milagres.

Dom Bosco tinha muitos sonhos proféticos e num deles, viu os jovens de sua região, Turim, como ovelhas perdidas que precisavam de pastoreio. Daí, através da educação e de atividades culturais, como música, teatro e mágicas, atraia os jovens para depois das atrações, pregar a palavra de Deus. Assim, o santo contribuiu para a criação dos moldes educacionais como existem hoje.

Também foi o grande criador da ordem dos Salesianos, conseguindo um terreno para abrigar os necessitados. Foi também um grande confessor, tendo protagonizado muitas histórias sobrenaturais, sendo que uma das mais incríveis é a do jovem de 15 anos chamado Carlos.

A biografia de D. Bosco por A. Auffray conta que Carlos vivia sem pensar no amanhã. Quando caiu doente, o médico lhe deu apenas algumas horas de vida, e então pediu para se confessar com D. Bosco, de quem gostava muito, mas o santo não pôde ir. Confessando-se com outro sacerdote, por vergonha, Carlos escondeu pecados graves, e logo morreu, como previu o médico.

Dom Bosco, abatido pela morte do jovem rapaz, ouviu uma voz que lhe dizia que Carlito não se confessara bem. Apressado, correu para a casa do garoto, e encontrou seu corpo imóvel e rígido, já para ser colocado no caixão. D. Bosco então ordenou que todos deixassem o cômodo, e disse ao ouvido do defunto: “Carlito!”

Neste instante, o rapaz abriu os olhos. “Onde você esteve?”, perguntou o sacerdote. “Padre, numa região misteriosa e desconhecida. Vi muitos demônios que me queriam arrastar para o inferno, dizendo que tinham direito sobre mim!”, contou.

“Filho, é porque não confessaste bem. Ocultaste um pecado por vergonha, não é mesmo?”, perguntou. “Sim padre, mas agora quero declará-lo“, respondeu o jovem, que se confessou com grande humildade. “Se não fosse a misericórdia de Deus, estaria perdido para sempre“, exclamou.

Voltando todos ao quarto, gritaram assustados com a visão do morto, sentado na cama. Ao ouvido de Carlos, Dom Bosco sussurrou: “Agora que estás na graça de Deus, que é que desejas: viver ou morrer?” O amigo lhe respondeu: “Quero ir para o céu“. Dom Bosco respondeu: “Então, até a vista!“.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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