Apesar de pressão da esquerda, Maia decide não abrir processo de impeachment contra Bolsonaro

Em seu último dia como presidente da Câmara dos Deputados Federais, Rodrigo Maia, o parlamentar do Rio de Janeiro que presidiu a casa por 4 anos, decidiu não abrir nenhum dos 60 pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.

Maia havia apontado para a possibilidade de abertura do processo de impedimento contra o líder do executivo depois que o governo de Bolsonaro decidiu articular e atrair dos deputados do DEM para que votassem contra o candidato a novo presidente da Câmara, Baleia Rossi (MDB), que é o apadrinhado de Maia para o cargo.

Rossi concorre com Arthur Lira, do PP, candidato apoiado pelo Planalto. Na internet, artistas, políticos de esquerda e grupos organizados, como o Movimento Brasil Livre, levantaram hashtags e pediram que Maia usasse o seu último dia para a ação em desfavor do presidente da República.

Mas na tarde desta segunda-feira, 01, a GloboNews noticiou que Maia, por meio de mensagem à jornalista Andréia Sadi, declarou que não dará andamento a nenhum pedido de impeachment contra Bolsonaro, contrariando as esperanças da oposição.

Imagem: Antonio Cruz/Agência Brasil

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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