Denúncias contra o plano Hapvida não param

No dia 22 de janeiro, o Diário do Estado fez uma matéria exclusiva (leia aqui) mostrando as histórias de duas clientes do plano de saúde da empresa Hapvida, que é presente em todo o Brasil, mas tem sede em Fortaleza.

Os dois relatos foram feitos por pessoas goianas, e assim que publicados, tiveram um efeito dominó: mais e mais reclamações sobre o serviço da Hapvida chegaram ao DE, por meio de comentários feitos por leitores na matéria em questão.

Foram em torno de 30 e a maioria são manifestações de descontentamento com o serviço oferecido. A usuária “jornalistadayrodrigues” comentou: “Só funciona se acionar a ANS, infelizmente!”, escreveu ela, citando a Agência Nacional de Saúde Suplementar, que regulamenta os planos de saúde.

O leitor “robelyoalves” contou a sua experiência: “Fala sério. Achei que era só comigo. Passei de 9 horas até às 14 plantado esperando pra pegar uma quimioterapia liberada pelo aplicativo. Sem falar que já tive que recorrer a várias reclamações pelo atraso. E os telefones então…. Nunca atendem”.

Outra que teve dificuldades foi “laryssaleao.leao.9“, que comentou: “Péssimo….estou detestando…tive vários problemas”. Já “sy_atelie_syandra” relatou falhas da empresa que também foram contadas na primeira matéria, pelas entrevistadas: “N param de mudar os médicos credenciados, dificuldade p marcar consultas e exames, o app falha p deixar recado, a burocracia é absurda pq em Goiânia n conhecem e no Nordeste n fazem ideia. Td q eu espero é q consigam se organizar e prestar um bom serviço pq estamos sofrendo e n pagamos pouco”.

O caso de “leofitnessacademia” é mais sério: “Estou esperando eles autorizar um cirurgia no joelho a meses ,tá quase fazendo aniversário”, ironiza. Outras pessoas falaram sobre a piora do serviço depois que o grupo Hapvida comprou o plano goiano “América”, do qual muitos já eram dependentes. “Não presta mais, já não era um dos melhores mais depois que esse hap vida assumiu acabou. Não recomendo a ninguém qd alguém me pergunta se bom digo que não“, relatou “ildenicemendonca“.
É o mesmo que diz “wesleide2014“: “É muito triste o América ter feito uma história aqui no estado de Goiás e ter vendido a uma rede tão ruim, tão desorganizada, quanto o Hapvida, onde vc não tem nenhum suporte como cliente onde nem mesmo as pessoas que trabalham lá dentro sabe dar o suporte adequado”, lamenta.
Já “liciniopacini.adv” faz uma sugestão em sua mensagem: “Procurem os funcionários e, melhor ainda, os ex-funcionários que pediram demissão…. histórias fantásticas“, completa o leitor do DE.
Veja a publicação que rendeu tantas reclamações dos clientes o plano:

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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