Brasileiro de 17 anos vira top 3 mundial no esqui cross-country paralímpico

O paulista Cristian Ribera subiu para o terceiro lugar do ranking mundial do esqui cross-country paralímpico. O brasileiro de 17 anos ganhou duas posições na lista da World Para Nordic Skiing (WPNS) na comparação com dezembro. A WPNS é uma divisão do Comitê Paralímpico Internacional.

O ranking leva em conta os resultados das últimas duas temporadas. Em 2020, Cristian foi vice-campeão da Copa do Mundo de esqui cross-country. Em janeiro deste ano, conquistou as medalhas de prata na prova de distance – longa distância, em circuitos que variam de dois a 50 quilômetros – e de bronze no sprint – disputa contra o relógio em circuito de curta distância, até dois quilômetros – nos Estados Unidos. O torneio marcou a volta da seleção brasileira às competições desde o início da pandemia da Covid-19.

O esquiador russo Ivan Golubkov lidera o ranking masculino entre atletas que competem sentados no esqui, seguido pelo norte-americano Daniel Cnossen e por Cristian, que nasceu com artrogripose, uma doença que limita as articulações das pernas. O Brasil tem outros três nomes na lista: Robelson Lula (22º), Guilherme Rocha (24º) e Wesley dos Santos (34º).

No feminino, Aline Rocha manteve a nona colocação após duas medalhas de bronze em Bozeman. A norte-americana Oksana Masters é a primeira, com a compatriota Kendall Gretsch em segundo e a russa Marta Zainullina na terceira posição. Oksana e Gretsch foram justamente duas únicas atletas a superarem Aline nas provas de janeiro.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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