Irmão de político é condenado a 20 anos de prisão por morte de ex-prefeito de Estrela do Norte

O Tribunal do Júri da comarca de Mara Rosa condenou Waldivino José de Almeida a 20 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelo assassinato duplamente qualificado, com agravantes, do ex-prefeito de Estrela do Norte, Geraldo Nicolau Filho, em 2015.

Os envolvidos foram denunciados à época pelo Ministério Público, por meio da promotora de Justiça Cristina Emília França Malta. O condenado é irmão de outro ex-prefeito de Estrela do Norte, Wellington José de Almeida, que comandou a cidade entre 2013 e 2015. A vítima, que já tinha sido prefeito por dois mandatos até 2008, anunciou que se candidataria para 2016.

Quando descoberto que Geraldo Nicolau tinha um caso extraconjugal com a cunhada do prefeito Wellington, esposa de Trajano José de Almeida, tanto ele quanto o outro irmão Waldivino, que foi condenado pela morte, esperaram armados na porta do apartamento de motel, após um encontro entre Geraldo e a cunhada dos irmãos.

Quando Geraldo abriu o portão, Wellington teria disparado os primeiros tiros, e Waldivino, depois de soltar a vítima, continuou efetuando disparos, deixando-o morto no chão. O crime aconteceu durante o mandato de Wellington, em outubro de 2015.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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