Bela Vista de Goiás pode ser a primeira cidade do interior a ter auxílio emergencial

Nesta quinta-feira, 11, o Diário do Estado entrevistou a prefeita da cidade de Bela Vista de Goiás, Nárcia Kelly. Ela contou tudo sobre o auxílio emergencial, que foi aprovado no município. “O auxílio municipal emergencial faz parte do nosso plano de retomada da economia, que nós propomos no ano passado, durante o período eleitoral, que consiste em cinco eixos: apoio ao comércio local, atração de novas empresas, o auxílio municipal emergencial, o auxílio psicológico e a obrigação dos beneficiários fazerem cursos profissionalizantes gratuitos”.

“Não gostaríamos que isso tudo fosse necessário, mas é devido a hipossuficiência (falta de condições) de tantos bela vistenses. Houve uma crise muito grande no mundo todo, e atingiu a economia e o psicológico das pessoas. Quantos mercados que estão parados por conta das regras sanitárias? Quantas pessoas sem ganhar o seu sustento? Pensando nessas famílias que criamos o auxílio. O desejo de todos é viver do próprio trabalho, do suor, com dignidade”, aponta a prefeita.

“O projeto foi aprovado na semana passada na Câmara e teve pouquíssimas emendas. Se eu não me engano, apenas uma. Todos os vereadores votaram favorável, e eu quero agradecer (a eles e a ela). Não teve dificuldade nenhuma. Os recursos equivalem a R$ 1 milhão 800 mil reais, sendo 300 mil por mês enjetados na economia do município. Vai ser um cartão de crédito chamado ‘AME’, e a pessoa que receber vai comprar os alimentos no comércio local de Bela Vista”, explica a administradora. “Eu tenho muito orgulho esse projeto e acho que será um braço forte na retomada da economia”, projeta Nárcia.

Com a lei aprovada em mãos, Nárcia Kelly conta que os critérios para se receber o benefício são: ser morador de Bela Vista há pelo menos três anos, estar escrito no Cadúnico, ter renda familiar por pessoa de até R$ 89,00, crianças em idade escolar todas matriculadas em escolas públicas, estar desempregado sem receber auxílio desemprego, não receber aposentadoria, não ter condenação em crimes contra a administração pública ou estar preso em regime fechado. “Serão contempladas mil famílias que atenderem estes requisitos”, conta a política.

“Não posso afirmar com convicção, mas até onde eu sei, Goiânia já aprovou o auxílio municipal, e Bela Vista. Pelo meu conhecimento, do interior de Goiás sim, é a primeira cidade a aprovar o auxílio emergencial. E se for mesmo, ótimo! Eu priorizei recursos, ao invés de fazer obras, para investir nas famílias e na retomada da economia.”, admite Nárcia. E quando o benefício começará a ser pago aos bela vistenses? “Eu já falei pra minha equipe que eu quero para o próximo mês. Ainda tem alguns passos depois de aprovada a lei. Com fé em Deus, até o final do mês!“, prevê a entrevistada.

Nárcia ainda falou sobre a Covid-19 em sua cidade, sobre o mandato anterior, o novo mandato e tudo o que deseja conquistar para Bela Vista nestes próximos quatro anos. Não perca!

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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