Polícia Civil prende cinco pessoas por assassinato ocorrido em Itaguaru

O Grupo de Investigação de Homicídios de Itaberaí deflagrou, na manhã desta sexta-feira, 12, cinco mandatos de busca e outros cinco de prisão temporária que foram cumpridos nas cidades de Itaguaru e Uruana. As ações estão no contexto da Operação Imperium.

Todas as cinco pessoas foram presas pelos agentes da Polícia Civil por suspeita de participação do crime de homicídio ocorrido na noite do dia 24 de janeiro deste ano, em Itaguaru, quando Elton Geraldo da Silva, de 56 anos, foi morto na calçada de sua casa.

De acordo com a investigação, em 2012, Elton Geraldo teria mandado mensagens para uma moça de 17 anos, filha de seu vizinho, dizendo que ela era “o sonho da vida dele” e “a mãe de suas filhas”. Ele também a teria abordado em algumas ocasiões, dizendo que a moça estaria “linda demais“.

Na época, o caso foi denunciado na delegacia da cidade, e remetido à Justiça. Mas o pai da moça, segundo o site da Polícia Civil, “passou a nutrir raiva pelo vizinho”. Pouco depois, a moça teria se casado com um empresário conhecido em Itaguaru, que soube da história de Elton.

Segundo apuração do  Grupo de Investigação de Homicídios de Itaberaí, no dia do crime, a moça, o marido e um segurança do estabelecimento comercial do casal foram até a casa de outro investigado, e o segurança teria pedido ao dono da casa uma arma, que “naquela noite mataria um pedófilo”.

No depósito do comércio, o segurança pegou uma motocicleta e teria ido até a casa de Elton e o matado na calçada. A polícia ainda descobriu que foi o pai da moça que avisou ao segurança onde a vítima estava. Todos os envolvidos foram presos e indiciados pelo crime de homicídio duplamente qualificado pelo motivo fútil e pelo emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Caso condenados, as penas podem variar de 12 a 30 anos de reclusão.

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Policial Militar é indiciado por homicídio doloso após atirar em estudante de medicina

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou que as câmeras corporais registraram a ocorrência. O autor do disparo e o segundo policial militar que participou da abordagem prestaram depoimento e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações. A investigação abrange toda a conduta dos agentes envolvidos, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
O governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, lamentou a morte de Marco Aurélio por meio de rede social. “Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, e a polícia mais preparada do país, e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos,” disse o governador.
 
O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, avalia que há um retrocesso em todas as áreas da segurança pública no estado. Segundo ele, discursos de autoridades que validam uma polícia mais letal, o enfraquecimento dos organismos de controle interno da tropa e a descaracterização da política de câmeras corporais são alguns dos elementos que impactam negativamente a segurança no estado. O número de pessoas mortas por policiais militares em serviço aumentou 84,3% este ano, de janeiro a novembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo de 313 para 577 vítimas fatais, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) até 17 de novembro.
 
O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP faz o controle externo da atividade policial e divulga dados decorrentes de intervenção policial. As informações são repassadas diretamente pelas polícias civil e militar à promotoria, conforme determinações legais e resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

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