Vídeo: cidades do Vale do São Patrício decretam lockdown geral

Doze cidades da região do Vale do São Patrício devem publicar, ainda nesta sexta-feira, 19, um novo decreto impondo medidas de restrições ao comércio e à população de suas cidades, tendo em vista os casos de coronavírus. Na cidade de Ceres, trabalhadores e comerciantes se uniram na frente da prefeitura para protestar contra as medidas.

Os prefeitos dos municípios teriam se reunido na manhã desta sexta-feira na cidade de Rubiataba, e o prefeito de Rialma, Fred Vidigal (PTB), postou um vídeo falando sobre a nova resolução conjunta.

Veja (e arraste para o lado para ver os protestos!):

O prefeito cita, em vídeo, 10 cidades do Vale de São Patrício, além da sua: Ceres, Nova Glória, Ipiranga de Goiás, Nova América, Rianápolis, Rubiataba, Santa Isabel, Carmo do Rio Verde, São Patrício e Uruana.

Segundo informações publicadas no jornal local, o “Populacional“, as cidades vizinhas de Ceres e Rialma já publicaram os seus decretos, que devem valer a partir da meia noite desta sábado, dia 20. “Ficam suspensas, em caráter excepcional […] todas as atividades de indústria, prestações de serviços e de funcionamento de estabelecimentos comerciais e varejo e atacado, de todos os gêneros, pelo período de 15 dias e poderão prestar atendimento ao público somente por sistema de drive-thru ou delivery”, diz o artigo terceiro do documento assinado pelo prefeito de Ceres, Edmario de Castro Barbosa.

As exceções são os serviços que o documento considera como essenciais, como farmácias, postos de gasolina e supermercados. Ficam proibidas por 15 dias a prática de esportes coletivos, reuniões em locais públicos, missas, cultos religiosos e as atividades presenciais em escolas, bem como em repartições públicas.

O Diário do Estado entrou em contato com o gabinete da prefeitura de Uruana, que informou que um novo decreto deve sair ainda nesta sexta-feira para o município, mas não confirmou se será exatamente nos mesmos moldes da cidade de Ceres.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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