Depois de decisões favoráveis a Lula no STF, Moro posta mensagem de apoio à Lava Jato

Na noite deste sábado, 20, o ex-ministro da Justiça e ex-juiz da Operação Lava Jato em Curitiba, Sérgio Moro, usou suas redes sociais para prestar apoio à Operação Lava Jato, que foi lançada em 2014 para investigar desvios na Petrobrás, e teve sua força tarefa na capital do Paraná encerrada oficialmente pelo Ministério Público Federal em primeiro de fevereiro deste ano.

A operação deve seguir com estrutura reduzida dentro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do MPF. “Manifestação de Apoio à Lava Jato em Curitiba”, escreveu Moro na legenda da foto. Veja:

A mensagem de Moro chega num contexto em que o Supremo Tribunal Federal decidiu permitir que dados de trocas de mensagens entre Sérgio Moro e procuradores da operação, antes da prisão de Lula em 2018, fossem disponibilizadas para os advogados do ex-presidente, que foi condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na ação do triplex no Guarujá.

A decisão do Supremo aumentou as expectativas de parte da esquerda nacional, que defende a inocência de Lula e o vê como candidato à presidência em 2022, caso as condenações cheguem a ser anuladas, o que pode ocorrer se a conduta do então juiz Moro for considerada suspeita.

Imagem: Rebekah Fontes / Fato Amazônico

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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