Papa Francisco faz visita surpresa para mulher que viveu em campos de concentração nazista

No primeiro sábado da quaresma, 20, a autoridade máxima da Igreja Católica, o Papa Francisco, fez uma visita surpresa à autora húngara Edith Bruck, que tem 89 anos, mora atualmente em Roma e é uma das sobreviventes do Holocausto judeu, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Durante os anos da guerra, Hitler, líder da Alemanha e da ideologia nazista, junto a seus apoiadores, mataram cerca de 6 milhões de judeus. Muitos deles, em campos de concentração, onde os prisioneiros eram levados ao “abate” de muitas maneiras, incluindo a morte nas câmaras de gás, como retratado em filmes como “A lista de Schindler“, “O menino do pijama listrado” e “Fuga de Sobibor” (indicações para que você descubra mais sobre o assunto!).

Na infância pobre, Edith, de família judaica, foi levada a uma série destes campos de concentração, onde foram assassinados seu pai, sua mãe e o irmão. A história de vida da sobrevivente teria sido o assunto principal da conversa com o Papa.

Aos 13 anos, a garota foi levada para Auschwitz, o campo de concentração mais conhecido popularmente, que foi construído na Polônia, país que guarda até hoje duras memórias do período da guerra, como mostrado no filme “Karol” (YouTube). Curiosamente, o filme conta sobre a vida de outro Papa, João Paulo II, que era polonês e lutou ainda jovem contra a ocupação nazista na Polônia, durante a Segunda Guerra.

Imagens: Vatican Media/Handout via Reuters

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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