Polícia investiga enfermeiro de Goiânia por venda de remédio abortivo em grupo de WhatsApp

A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos, deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 24, a Operação Guga Cytotec, em que três mandados de busca e apreensão foram expedidos judicialmente em decorrência da investigação que apura a venda do medicamento abortivo Cytotec pela internet, cujo princípio ativo é o misoprotol.

A investigação se iniciou após o recebimento de denúncia apresentada na Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal. Um homem de 29 anos, morador de Goiânia e técnico em enfermagem, que trabalha na farmácia da UTI de um grande hospital da capital, seria  o administrador de um grupo de WhatsApp chamado “GUGA CYTOTEC”, por meio do qual comercializava a venda da medicação abortiva.

As buscas de hoje foram realizadas no local de trabalho dele, em Goiânia, bem como em sua residência e na casa de sua namorada, que também é técnica em enfermagem e trabalha em outro hospital de Goiânia. Os policias civis apreenderam, na casa do investigado, R$ 6.900,00 em espécie, um celular Iphone, cartões bancários e pen-drives.

Para a Polícia Civil, os valores apreendidos reforçam a suspeita de que o investigado possuía rendimento incompatível com sua ocupação formal. Durante a investigação, os policiais da DERCC verificaram que, na descrição do grupo de conversas, assim como nas mensagens enviadas aos interessados em adquirir a medicação, o investigado sempre ressaltava que o produto era original e que não se responsabilizava por medicamentos falsificados que pudessem ser comercializados no grupo.

O técnico de enfermagem também solicitava que as mulheres que tivessem adquirido a medicação enviassem mensagens para atestarem a eficácia e se resultou em aborto. Ele será indiciado pelo crime de venda e exposição à venda de produtos destinados a fins medicinais, de procedência ignorada. Este delito prevê pena de até 15 anos de reclusão.

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Polícia desmantela esquema nacional de golpes bancários

Polícia Civil de Goiás (PCGO) deflagra a Operação Falsa Central, uma ação coordenada pelo Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). Foram cumpridos 95 mandados judiciais em todo o país — 58 de busca e apreensão e 37 de prisão —, além do bloqueio de 438 contas bancárias ligadas ao grupo.

A operação, nesta quinta-feira (21/11), que contou com apoio das polícias civis de São Paulo, Pernambuco, Pará, Piauí e Ceará, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no golpe da falsa central bancária. O esquema causou prejuízos de aproximadamente R$ 200 mil a 27 vítimas identificadas apenas em Goiás.

O delegado William Bretz, chefe do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (Deic), conta que a Operação terá desdobramentos.

“A partir da análise do número 0800 usado no golpe, os investigadores descobriram outras 449 linhas vinculadas ao grupo, sugerindo um esquema de alcance nacional. Embora a primeira fase da operação tenha focado nas vítimas goianas, há indícios de centenas de outras vítimas em diferentes estados, que serão o alvo das próximas etapas”, disse.

Os envolvidos responderão por crimes como fraude eletrônica, furto mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem chegar a 29 anos de prisão. As investigações continuam sob responsabilidade do Gref/Deic de Goiás.

Alerta à população:

A Polícia Civil orienta que a população desconfie de mensagens ou ligações suspeitas sobre compras não reconhecidas e que jamais realize transações ou forneça dados pessoais sem antes confirmar diretamente com seu banco.

Em casos suspeitos, a recomendação é registrar um boletim de ocorrência imediatamente.

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