Promotor quer reforma em alas da Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida

Na tarde desta quinta-feira, 25, o Ministério Público de Goiás (MP-GO), por meio da  25ª Promotoria de Justiça de Goiânia, com atribuição na execução penal, realizou vistoria nas instalações da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O promotor de Justiça Bernardo Morais Cavalcanti visitou as alas A, B e C da penitenciária, para verificar as condições desses locais.

Conforme o promotor, a ala A, local onde aconteceu o motim da semana anterior, está bastante danificada, devido aos atos de vandalismo praticados pelos presos. Devido ao fato de ter sido ateado ateado nos colchões, as paredes e o teto ficaram cheios de fuligem. Ele relatou que será necessário fazer uma intervenção de urgência para que o prédio possa abrigar os presos.

Cavalcanti informou ainda que a reforma do espaço já está sendo feita e que o MP-GO destinou recursos, obtidos pelo então titular da Promotoria de Justiça, Marcelo Celestino, para que a obra seja finalizada o mais rápido possível, podendo abrigar os presos que ficam lá.

Enquanto isso, de acordo com o promotor, nas alas B e C, está sendo realizada uma reforma mais profunda, com intervenções em sua estrutura. Ele relatou que está em contato com a Defensoria Pública do Estado, para fazer uma reunião, prevista para a próxima semana, com o objetivo de tratar essa situação.

O promotor de Justiça estava acompanhado, durante a visita, pelo coordenador da 1ª Coordenação Regional Prisional, Josimar Pires Nicolau do Nascimento; pelo diretor da POG, Roberto Lourenço, e pela equipe do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope). 

Foto: João Sergio

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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