Donald Trump desmente criação de novo partido: “Já temos o Republicano!”

Neste domingo, 29, o bilionário e ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reapareceu pela primeira vez em um evento público após deixar a Casa Branca, em 20 de janeiro. Para uma hora e meia de discurso na CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora) Trump chegou sobe chuva de aplausos e perguntou: “Vocês já estão com saudades de mim?”.

Na fala, Trump sugeriu muitas vezes que voltará a concorrer para a presidência dos Estados Unidos: “Eu vou ganhar deles uma terceira vez!“, disse, reafirmando sua convicção na teoria de fraude eleitoral que teria levado Joe Biden à cadeira presidencial. “Vocês viram a matéria da revista Time? Eles se gabam do que aconteceu. Mudaram as regras eleitorais ilegalmente, pulando o poder legislativo!”, afirmou o político.

Grande parte dos minutos foram dedicados a críticas ao atual presidente Biden. “Joe tem o primeiro mês mais desastroso de um presidente na história moderna!”, classificou. Trump criticou medidas como escolas estarem fechadas nos Estados Unidos, a abertura das fronteiras para imigrantes ilegais, a volta dos conflitos na Síria, o retorno dos EUA ao acordo do clima de Paris, bem como à Organização Mundial da Saúde.

Mas o conservador ainda aproveitou a oportunidade para desmentir os boatos de que estaria criando um novo partido nos Estados Unidos, o “Partido Patriota”. “É fake news!”, garantiu Trump. “Para quê criar um novo partido, dividirmos os votos e não ganhar nunca mais? Já temos o partido Republicano!“, lembrou.

Bem humorado, Donald Trump dançou e abraçou a bandeira dos Estados Unidos, e o público se levantou diversas vezes para o aplaudir de pé, num sinal positivo à popularidade do político. Trump, cancelado nas redes sociais e no mundo dos negócios, não deixou de se manifestar: “Somos contra a cultura do cancelamento!“.

Veja (em inglês):

Vídeo: Fox 35 Orlando 

Imagem: Tasos Katopodis/Getty Images

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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