OMS declara ser irrealista falar em fim da pandemia neste ano 

O diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Rya afirmou que ainda é “prematuro e irrealista” falar sobre o fim da pandemia neste ano. De acordo com ele, “se formos espertos, poderemos conter as hospitalizações e as mortes”, mas acrescentou que “os números ainda estão crescendo em alguns países, sem contar os mais de cem países que ainda não conseguiram vacinar ninguém.”

Na última sexta-feira, 26, Ryan afirmou que a situação da pandemia de Covid-19 no Brasil “é uma tragédia”, complementando que momento era “muito duro para os brasileiros”. 

Na segunda-feira, 01, o diretor alegou que já começaram a aparecer dados significativos indicando que a vacina pode afetar a transmissão do vírus. “Se for mesmo confirmado o impacto na dinâmica do contágio, além de nas doenças graves e mortes, podemos acelerar o controle da pandemia”, afirmou ele.

No entanto, segundo a líder técnica Maria van Kerkhove, isso só vai acontecer se forem mantidas as medidas de distanciamento social e higiene. Este vírus vai contra-atacar se baixarmos a guarda”, declarou.

A  diretora de imunização da OMS acrescentou que um dos maiores riscos de relaxar medidas conforme as pessoas são vacinadas é inviabilizar as vacinas. “Cada vez que permitimos que o coronavírus circule, elevamos a chance de mutações e variantes que conseguem escapar das vacinas”, destacou ela.

Foto: Reprodução

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp