Advogado e radialista Célio Rezende morre vítima da Covid-19, em Goiânia

O advogado e radialista Célio Rezende, de 67 anos, morreu vítima da Covid-19 na manhã de quinta-feira, 4, em Goiânia. Célio ficou cerca de 20 dias internado para tratar a doença. O advogado deixa esposa, dois filhos e uma neta.

Célio, que é irmão do narrador esportivo César Rezende, trabalhou em várias emissoras de rádio de Itumbiara. Também foi secretário de comunicação e advogado da prefeitura durante os mandatos do ex-prefeito José Gomes, que morreu ao ser baleado durante uma carreata em 2016. Na ocasião, Célio também ficou ferido.

Em nota, o governador Ronaldo Caiado (DEM) lamentou a morte do advogado. “Foi com imenso pesar que eu e minha esposa, Gracinha Caiado, recebemos a notícia de que o jornalista e advogado Célio Rezende de Faria faleceu. A todos os seus familiares e amigos, deixo minha solidariedade e o desejo de que, nesse momento de profunda tristeza e dor, Deus possa confortar o coração de cada um de vocês”, escreveu Caiado.

A Prefeitura de Itumbiara publicou uma nota de pesar nas redes sociais. “Célio Rezende construiu sua carreira no rádio, sendo uma referência no jornalismo. Prestou relevantes serviços ao município de Itumbiara na área de comunicação (Decom) e depois na assessoria jurídica da Secretaria Municipal de Saúde. Nossos pêsames à família enlutada e toda comunidade itumbiarense. Que Deus conforte a todos nesse momento difícil”, diz a nota.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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