Vídeo: “Entre o PT e o PSL, do Bolsonaro, sou mais o PT”, afirma Adélio Bispo, autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro

O ex-garçom Adélio Bispo, autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG) em 2018, relatou que considera o presidente um impostor e que a ação  teve motivações políticas e religiosas. O vídeo com o depoimento do autor, internado compulsoriamente por transtornos mentais, foi gravado pela Polícia Federal e divulgado pelo site da revista Veja.

Adelio contou que chegou ao local minutos antes do presidente. “Quase chegamos juntos. Poucos minutos antes dele. E aí, o pessoal empurrando, parece que se assustou com a atitude da multidão, jogaram ele para dentro da Câmara Municipal e já era. Não vai ter jeito, ali eu pensei em desistir. Não vai ter como, passar por esse povo. Fecharam as portas da Câmara. Passou um pouco abriram, e ele saiu num ombro de um cara. A multidão continuou, perto. Tentei me aproximar e assim foi”, declarou.

O autor relatou que não consegue se lembrar de quantas vezes tentou se aproximar do presidente nessa passeata. Acrescentando que até pensou em sacar uma arma, mas “uma senhora passou mal, a multidão estava esmagando todo mundo. Aí forcei e ajudei a tirar ela do meio da bagunça. Coloquei ela segura e tentei entrar novamente na multidão. Fui chegando até o ponto que pensei ‘dá para tentar’, contou.

Ele continuou dizendo: “acabei atingindo o alvo, de uma forma distante relativamente, mas atingi o alvo.”

Ele afirmou que quando saiu de casa tinha a certeza que não voltaria. “No Facebook a última coisa que eu postei foi um ‘tchu’, eu iria colocar um ‘adeus’, mas falei, ‘não vou colocar só um tchau’. Eu tinha certeza que não saia vivo. Eu acreditava nisso. Para minha surpresa estou vivo, né. Com esses problemas todos, mas estou vivo. Eu esperava ser agredido pela polícia, fuzilado pela polícia.”

Sobre o governo do PT, ele afirmou que “o PT é menos ruim que o PSDB no poder”. Pelo menos, as nossas estatais não seriam entregues assim. As reformas de previdência e trabalhistas não aconteceriam. Porque não aconteceu no governo do PT. Entre o PT e o PSL, do Bolsonaro, sou mais o PT, por que essas mesmas coisas que o PSDB fez, o Bolsonaro faz. E promete fazer mais. E pelo fato de ser, digamos assim, estatista, então se coloca na balança e vê. Pelo menos esse partido aqui não faria isso. Tanto que me deixa p da vida.”

Questionado se ainda tinha a intenção de matar o presidente, ele respondeu que: “não, isso termina aqui. Até porque não tenho mais permissão para fazer isso”, sobre atacar o então presidente, Michael Temer, ele afirma que nunca teve a intenção. “Era um desejo pessoal. Meu. Não dele. Não de Deus. Era um desejo meu fazer.”

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp