Juiz decide manter Urso Robinho no Zoológico de Goiânia

O Urso Robinho deve permanecer no Zoológico de Goiânia, de acordo com uma nova decisão judicial proferida na tarde de segunda-feira, 8. A decisão atende ao pedido da Procuradoria-Geral de Goiânia, que alegou que o urso nasceu na capital e está habituado ao local em que vive há 17 anos. O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal já interpôs recurso.

Para o juiz em 2º grau, Sebastião Fleury, não há razões de fato ou de direito para justificar a transferência do animal do ambiente em que vive desde 2003. A deliberação confirma a decisão do Tribunal de Justiça de Goiás, proferida em 1º grau, em 2020.

Na sentença, o magistrado reforçou que o animal já está adaptado ao ambiente e que “foram implementadas modificações no Zoológico para acolher o Urso Robinho, que foi transferido para ambiente climatizado, com mais espaço físico e melhores condições”.

No dia 15 de agosto de 2020, o Fórum Nacional conseguiu uma liminar que determinava a transferência do animal para o Santuário Rancho dos Gnomos, na região serrana da cidade de Joanópolis, em São Paulo. Seis dias depois, a liminar foi suspensa pela Justiça Goiana e a transferência não foi realizada. Agora, com a nova decisão, o urso Robinho permanece no Zoológico da capital.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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