Enel se destaca como uma das piores empresas de energia do país

A Enel é um empresa de distribuição de energia elétrica que está presente em quatro estados do Brasil: Rio de Janeiro, Ceará, Goiás e São Paulo. Num site especializado em reclamações de consumidores, o “Reclame Aqui”, a Enel Distribuição do estado de Goiás foi avaliada como “ruim“, obtendo nota 5.9 de 10, pelo site.

Na nota do consumidor, esta avaliação cai para 3.9, de 10 pontos. Em período de um ano, 2152 reclamações foram registradas. Deste total, 59,6% foram marcadas como resolvidas, mas apenas 43,7% dos clientes disseram que voltariam a fazer negócio com a empresa.

No mesmo site, a Enel do Ceará apresenta nota 6.8 e 1950 reclamações, registradas de 01 de setembro de 2020 até 28 de fevereiro e 2021. Neste mesmo período, no Rio de Janeiro, a nota da empresa ficou em 6.1, com 2130 manifestações. Em São Paulo, o recorde: em 1 ano, são 58.426 reclamações computadas, e nota 4.11 do consumidor.

De Trindade, um dos consumidores publicou esta reivindicação sobre cobrança indevida:

“No inicio de fevereiro/2021 recebi por e-mail a fatura com vencimento em 02/03/21 no valor 566,65, após eu provar que a leitura estava errada, me foi enviada uma nova fatura com a leitura correta. Hoje recebi um novo e-mail referente a fatura do mês de março/2021 com vencimento para 02/04/21 no valor de 697.59, a qual também esta errada […] esse consumo esta totalmente fora do meu padrão ao longo dos mais de 10 anos que me lembro de pagar as contas. […] já é o segundo mês seguido que tenho de perder tempo e me desgastar com vocês para que o correto seja feito”

Em fevereiro deste ano, o Diário do Estado postou um vídeo de uma manifestação de produtores de leite que foram até a sede da empresa e derramaram galões de leite perdido, na cidade de Gameleira de Goiás (veja aqui). A mesma cena aconteceu na sede da Enel de Palmeiras de Goiás (veja aqui), no final de janeiro. Segundo os produtores do Assentamento Canudos, as quedas de energia aconteciam toda semana e por isso fica impossível refrigerar o leite e conservá-lo.

Em novembro do ano passado, a Enel Goiás foi condenada na Justiça a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 2,5 mil a um morador da cidade de Jataí, de 53 anos, que ficou quatro dias sem energia elétrica em casa, enquanto se recuperava de uma cirurgia.

Por essas razões, vereadores da Câmara Municipal de Goiânia protocolaram, em fevereiro de 2021, um pedido para a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito contra a empresa. O vereador Mauro Rubem (PT), disse ao Diário do Estado: “A situação está crítica, e por isso, 27 vereadores assinaram, quando bastava 12. A Enel é um empresa estatal italiana, mas o padrão de funcionamento dela aqui é muito ruim”, apontou.

Nesta terça-feira, 9, o Diário do Estado publicou o vídeo de um goiano que reclama com dois funcionários da Enel, por sua casa estar sem energia durante o lockdown:

Em nota enviada ao Diário do Estado, a Enel Goiás declarou:

“A Enel Distribuição Goiás esclarece que os indicadores de qualidade da distribuidora têm apresentado melhorias históricas desde que a empresa assumiu a distribuição de energia no Estado, em 2017. A empresa já investiu cerca de R$ 3 bilhões na melhoria da qualidade do fornecimento no Estado, que durante anos sofreu com a falta de investimentos no período estatal. Como resultado, o número de vezes em que o cliente goiano fica sem energia em média, por ano, passou de 25 em 2015 para 9 em dezembro de 2020, uma melhora de 64%. O índice está melhor do que a média estabelecida no contrato de concessão. Já o tempo médio em que o cliente fica sem energia por ano em Goiás passou de 43,24 horas em 2015, para 16,20 horas, melhora de 62%

A Enel tem investindo fortemente em obras estruturais de construção, ampliação e modernização de subestações em todo o Estado. Nos quatro primeiros anos, foram entregues 12 novas subestações e ampliadas e modernizadas outras 93 unidades. Em 2021, a previsão é que sejam entregues outras 11 novas subestações e modernizadas e ampliadas outras 54. Além disso, já foram construídos quase 9 mil km de novas redes em Goiás e para 2021 está prevista a construção de mais 5,2 mil quilômetros.

A companhia também vem reforçando seus canais de atendimento para estar cada vez mais próxima de seus clientes. Além dos canais digitais já implantados, a Enel teve um aumento de 15% na força de trabalho do Call Center, em relação ao período Celg, o que tem garantido mais agilidade no atendimento. O volume de reclamações contra a distribuidora também vem apresentando queda ano a ano. Em 2020, as reclamações junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) caíram 44% em relação a 2019.”

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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