ACIC denuncia abandono da Avenida Goiás e Lockdown resultando em fechamento de comércios na região

Em entrevista ao Jornal Diário do Estado, o presidente da Associação Comercial e Industrial do Centro de Goiânia (ACIC), Uilson Manzan, realizou denúncias sobre obras inacabadas do BRT, calçadas inacabadas, falta de sinalização e o Lockdown estar resultando no fechamento de comércios na Avenida Goiás.

Manzan informa que a associação é formada em sua maioria por comerciantes, que sempre estão em contato entre si. Entre as denúncias estão: abandono da Avenida Goiás, obras inacabadas, falta de sinalização, calçadas desniveladas representando risco para transeuntes, BRT sem conclusão, ou seja, sem ônibus passando pela Goiás fazendo que o movimento na região diminua 30% mais ou menos, lojas fechando constantemente. Além disso, ele afirma que: “ moradores de rua sempre aumentam neste momento de crise. Não existe nenhuma política pública da Prefeitura no sentido de fiscalizar moradores de rua e usuários de drogas.”

“O abandono da Avenida Goiás foi desde quando acabaram aquela parte de asfaltar e de tapar os buracos que fizeram no local. Foi abandonado desde outubro de 2020. São cinco meses sem fiscalização, calçadas inacabadas e desniveladas. Cadeirante, pessoa idosa, com dificuldade de locomoção, crianças pequenas de dois a cinco, não conseguem andar no Centro. E boa parte dos moradores da região são idosos. Essas obras estão paralisadas a meses sem nenhuma posição por parte da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana de Goiânia, Seinfra.”, afirmou o presidente da ACIC.

Em relação ao prejuízo que o Lockdown causará ao comércio, o especialista explica que: “ainda não temos como saber. Isso só poderá ser calculado na semana seguinte à abertura do comércio. Mas nós já podemos adiantar que boa parte das empresas não conseguiram reabrir. Vão ter demissões em massas.Eu sou advogado comercial e atendo algumas empresas no meu escritório, no Centro, eu sei que algumas empresas vão tentar reabrir e depois de um tempo não vão conseguir e outras nem vão tentar. Eu só vou ter uma noção exata após a reabertura do comércio. Vai ser uma quebradeira muito grande, mas queremos evitar que seja ainda maior. Infelizmente se prorrogar o decreto serão dezenas de empresas fechadas. Uma semana repercutiu, pela nossa experiência, em 300 empregos em jogo, pela nossa estimativa.”

De acordo com o presidente da ACIC, a falta de ônibus dificulta para a população o deslocamento para as lojas no Centro. “Os moradores do Centro são idosos, eles tem dificuldade de locomoção. Existem calçadas que estão há 80 cm, 60 cm do asfalto dificultando a locomoção. A falta de transporte atrapalha ainda o volume de pessoas no comércio do Centro de Goiânia.” Ele acrescenta que a diminuição do volume do comércio nas avenidas Goiás, 4, 5 e 2 começou em 2019, quando começou a intervenção no local. “E como é uma obra que não acaba, essa intervenção já faz mais de um ano.”

Manzan ainda aponta que um dos pedidos é que a Seinfra vá até o local e conheça a realidade. “Nós temos uma posição de quando a obra será finalizada, especialmente a nivelação das calçadas, deixar tudo pronto para o BRT passar. Além disso, quando será retomado o tráfego de ônibus na região”, destaca.

Sobre a Semas, eles cobram alguma iniciativa para a fiscalização de moradores de rua. “Eles tem orçamento municipal para isso, servidores concursados. Deveriam fiscalizar e ter políticas públicas para moradores de rua e retirá-los das ruas. Não dá para fingir que não está acontecendo. Além disso, sempre que estamos passando por pique de crises econômicas, agora devido a pandemia, quando as empresas começam a demitir funcionários, aumentam o número de moradores de rua, que poderiam ter um emprego a seis meses atras”, finaliza.

Foto: Reprodução

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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