Pesquisa diz que Lula, Ciro e Mandetta venceriam Bolsonaro em segundo turno de eleições

Uma pesquisa da consultoria Atlas ilustrou que, caso as eleições para presidente da República fossem hoje, Lula, do PT, Ciro Gomes, do PDT e Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde pelo DEM, venceriam o atual presidente com 8 pontos percentuais de diferença no segundo turno.

A pesquisa foi liberada nesta quarta, 10, no mesmo dia em que Lula fez um discurso no ABC paulista, chamado de “lançamento extraoficial de candidatura” pelo jornal El País. O dono da empresa da pesquisa, Andrei Roman, disse: “É o ponto de maior pessimismo com a evolução da Covid-19 no Brasil desde que começou a pandemia e Bolsonaro sofre os reflexos”.

“Com tantos candidatos vencendo Bolsonaro no segundo turno, diria que nunca foi mais provável do que neste momento que o presidente perdesse em 2022″, afirmou ainda. Num cenário de primeiro turno, Bolsonaro aparece na frente em todas as simulações.

Na disputa com Lula em segunda etapa das eleições, Bolsonaro perderia de 38,8% para 44,9%. Com Madetta, Bolsonaro perderia de 36,9% a 46,6%. Com Ciro, o presidente sairia atrás com 37,5% a 44,7%.

Com informações do jornal El País.

Imagem: Sérgio Lima/Poder 360

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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