Pesquisa aponta 56% dos brasileiros consideram Bolsonaro incapaz de liderar o Brasil

Uma pesquisa realizada entre os dias 15 e 16 de março apontou que 56% dos brasileiros consideram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) incapaz de liderar o país. Os dados da DataFolha foram divulgados no pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil.

Durante a pesquisa foram ouvidas 2.023 pessoas por telefone em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

Pesquisa similar realizada entre  21 e 22 de janeiro teve 50% dos entrevistados respondendo que o presidente é incapaz de governar o país. Assim como o número dos que consideram Bolsonaro capaz de liderar o país diminuiu de 46% para 42%, tendo uma oscilação negativa no limite da margem de erro. Enquanto isso, não souberam responder 3% contra 4% no início do ano.

Em relação à pandemia, os entrevistados avaliaram Bolsonaro de forma negativa. 54% das pessoas avaliaram seu desempenho diante da Covid-19 como ruim ou péssimo, enquanto 43% o culpam pelo estágio atual da crise sanitária.

A pesquisa também apontou que os mais ricos, pessoas que ganham acima de 10 salários mínimos (62%), fazem parte do grupo que consideram o presidente incapaz, assim como quem possui curso superior, também 62%.

FOTO: MARCOS CORRÊA/PR

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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