Considerada a pior distribuidora do Brasil, Enel Goiás lucrou R$ 532,8 milhões em 2020

Balanços divulgados na última quinta-feira, 18, apontam que a receita líquida da multinacional Enel em Goiás das empresas Enel Distribuidora (antiga Celg D) e Usina Cachoeira Dourada, somou R$ 8,856 bilhões em 2020.

O crescimento foi de 11,2% em relação à receita líquida das duas empresas (geração e distribuição de energia elétrica) da multinacional no ano de 2019 em Goiás. Assim, o lucro líquido da Enel Goiás aumentou 523,5% em 2020, quando totalizou R$ 532,8 milhões, contra um lucro líquido de R$ 85,4 milhões em 2019.

A companhia de distribuição de energia elétrica da Enel Goiás teve faturamento líquido de R$ 7,116 bilhões em 2020, um aumento de 18,2% em relação a 2019, com R$ 6,023 bilhões. Isso representa que o saldo líquido saiu de um prejuízo de R$ 99,6 milhões, em 2019, para um  lucro de R$ 134,6 milhões. Em contrapartida a receita líquida da Usina Cacheira Dourada sofreu queda de 10% em 2020, para R$ 1,748 bilhão, mas o lucro líquido cresceu 115%, para R$ 398,2 milhões.

O EBITDA da Enel Distribuição Goiás, sem considerar o resultado da usina geradora, em 2020 atingiu o montante de R$ 793,4 milhões, um aumento de R$ 368 milhões em relação a 2019. A empresa terminou 2020 com um incremento de 3,3% em relação à quantidade de consumidores, um total de 3,2 milhões, principalmente nas classes residencial baixa renda e rural, que foram investidos R$ 382,5 milhões para conexão de novos clientes.

Por outro lado, a venda de energia ao mercado cativo da empresa sofreu queda de 1,6% em 2020, especialmente pela redução nas classes comercial e industrial, devido aos impactos da pandemia da Covid-19. Mais um fator que favoreceu o aumento do faturamento da Enel Goiás foi o reajuste tarifário autorizado pela Aneel, na média de 4,2%, a partir de 22 de outubro de 2020.

As despesas da empresa somaram R$ 211,7 milhões em 2020, redução de R$ 23,7 milhões. Enquanto a dívida bruta fechou em R$ 2,848 bilhões, aumento de R$ 370 milhões em relação a 2019, especialmente devido as novas captações de recursos no mercado.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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