Goiás é destaque entre os demais estados brasileiros, num momento de dificuldade financeira, ao anunciar o maior pacote de obras do país (Goiás na Frente), com investimentos públicos de R$ 6 bilhões. Nesta sexta-feira, dia 12, em solenidade no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, várias empresas minerárias que atuam em Goiás anunciaram investimento de 750 milhões de dólares em projetos de exploração, ampliação e pesquisa mineral no Estado.
Agora, com mais esses investimentos privados da área de mineração 750 milhões de dólares (cerca de R$ 2,3 bilhões), a previsão de investimentos do setor privado no programa Goiás na Frente, que era de R$ 3 bilhões (600 milhões de dólares da Celg D/Enel, entre outros), deve ultrapassar os R$ 5 bilhões.
Não bastasse o esforço do Governo de Goiás em cortar gastos e fazer os ajustes necessários para garantir a saúde financeira de Goiás, com o pagamento em dia dos servidores e o funcionamento de todos os serviços prestados à comunidade, as empresas e o governo anunciam investimentos de 750 milhões de dólares em mineração (exploração, ampliação e pesquisa).
“O Programa Goiás na Frente dá um salto importante com esses novos investimentos do setor privado, devendo ultrapassar a casa dos R$ 5 bilhões. Isso mostra que foi bastante realista a previsão do Governo de Goiás, ao lançar o programa, e é também um forte argumento contra os que não acreditavam na sua viabilidade”, afirmou o titular da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), Vilmar Rocha, que no ato representou o governador Marconi Perillo.
“O Governo de Goiás prova que é possível sair da crise, disse o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, Walter Alvarenga, ao falar do ambiente propício do Estado de Goiás, considerado “pólo para o desenvolvimento da mineração brasileira”, e da atuação da iniciativa privada, que conta com o “apoio do governo ao setor produtivo, mão de obra qualificada e logística adequada”. Walter Alvarenga relatou ainda que “municípios com empresas de mineração têm um IDH mais alto que os demais, foi o que constatamos em pesquisas feitas pelo instituto”.
Vilmar Rocha disse que “mineração e agronegócio” são as bases da economia goiana. “Nos dois primeiros anos de seu mandato, o governador Marconi Perillo fez um ajuste fiscal muito sério. Com isso, ele conseguiu equilibrar o Estado e pôde, no início deste ano, anunciar investimentos, em vários setores, que representam a retomada do crescimento da economia goiana”, salientou Vilmar. Para o presidente da Federação das Indústrias de Goiás, Pedro Alves de Oliveira, “Goiás está acima da média nacional. Passamos pela crise de forma contundente porque aqui existe interação entre o governador e seus auxiliares”.
Tecnologias
No ato, foi assinado protocolo de intenções entre o Governo de Goiás, Ministério de Minas e Energia, Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) para a implantação de um Centro de Desenvolvimento de Tecnologias para a Mineração na cidade de Catalão. “Esse centro vai, além de tudo o que ele representa, apoiar o curso de Mineração criado recentemente pela UFG no município. Goiás sempre esteve à frente do Brasil na geração de emprego e desenvolvimento, e esse setor é essencial para continuarmos crescendo, graças à sensibilidade do nosso governador”, lembrou Vilmar Rocha.
O centro tem como objetivo a geração e difusão de conhecimento e inovação tecnológica. Com equipamentos de ponta, neste ambiente serão desenvolvidas pesquisas básicas e aplicadas em geologia, tecnologias minerais e tecnologias limpas, além da prestação de serviços tecnológicos que atendam, com inovação e eficiência, às demandas do setor empresarial de mineração em Goiás.
O secretário de Geologia e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energias, Vicente Lobo, relatou estar especialmente feliz “por anunciar investimentos num estado que é exemplo para o país, por sua capacidade de reinventar, de acreditar, de investir, de gerar emprego e desenvolvimento. Goiás mostra, hoje, uma janela de oportunidades, de acreditar no país, de entender que o setor mineral é imprescindível para a nossa nação, setor que gera 200 mil empregos diretos”, afirmou Vicente.
Mineração em Goiás
Goiás é o terceiro polo mineral do Brasil, atrás apenas do Pará e Minas Gerais, não computados aí os estados produtores de petróleo. O setor representa cerca de 5% da produção nacional. Dentre os recursos minerais produzidos e tratados em Goiás, merecem destaque o amianto (maior produtor da América da Sul), níquel (maior produtor brasileiro), e ouro, fosfato e nióbio (2º produtor nacional).