A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Civil desencadearam, na madrugada de segunda-feira (14), a Operação “Corsários do Asfalto”. A ação, que ocorreu por meio da Delegacia de Goianésia, desarticulou uma organização criminosa que atuava com o assalto a veículos de carga, furtando e revendendo pneus. Seis pessoas foram presas, duas ainda estão foragidas.
De acordo com a PRF, já haviam sido identificados mais de 50 roubos a caminhoneiros nas rodovias dos estados do Tocantins, Mato Grosso, Goiás e Maranhão, praticados pela mesma quadrilha.
A operação foi estendida entre os municípios de Goiânia, Goianésia e Anápolis, onde os mandados de prisão e busca apreensão foram cumpridos. Estima-se que o número de pneus e rodas roubados já ultrapassa 700. Além dessas peças, objetos pessoais dos motoristas também eram levados.
A quadrilha era composta por oito pessoas, sendo quatro assaltantes, dois receptadores e dois compradores. Os assaltantes residiam na cidade de Goianésia, e são dos Estados de Sergipe e Maranhão. Ambos possuem passagens pela polícia por latrocínio, roubo e homicídio. O centro das ações funcionava em Goianésia, onde os pneus eram ocultados e repassados aos receptadores de Goiânia e Anápolis.
Dentro da organização, as funções eram distribuídas, primeiramente, no assalto e retirada dos pneus. Em seguida, o material era repassado aos receptadores e era feita a revenda das rodas. Todo esse processo não levava mais de dois dias e, a cada remessa, eram repassados de 30 a 60 pneus.
Além do roubo e comércio ilegal dos pneus, foram encontrados com os criminosos sete veículos, todos roubados e com placas clonadas: dois deles eram caminhões, usados para fazer os assaltos, e cinco veículos de passeio, todos de luxo. Segundo a polícia, os indivíduos encomendavam o furto dos automóveis e negociavam a troca pelos pneus roubados.
Até o momento, seis envolvidos foram capturados pela polícia e dois continuam foragidos. Os suspeitos serão investigados por associação para prática criminosa, latrocínio, roubo, cárcere privado e receptação qualificada. Eles permanecem na Delegacia da Polícia Civil, em Goianésia.