Navio atolado no canal de Suez pode afetar preço da gasolina

Devido uma corrente de ventos de aproximadamente 74 km/h acompanhada de tempestade de areia, um dos maiores navios cargueiros do mundo, o Ever Given, acabou encalhando no canal de Suez, no Egito, na manhã da última terça-feira, 23. Ele pode ficar preso ali atrapalhando a passagem de outros cargueiros por algumas semanas, fazendo o preço da gasolina no Brasil subir.

Inaugurado em 1869, Suez é um canal artificial para ligar o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo, evitando que as embarcações precisem contornar o continente africano e oferece uma rota cerca de 7.000 km mais curta.

Em um dia, mais de 50 embarcações cruzam os mais de 193 km, com 205 m de largura, do canal, representando 10% do tráfego marítimo mundial. Outros 150 navios estariam esperando para atravessar o canal, entre eles um grande número de petroleiros com óleo do Oriente Médio. 

O incidente está afetando os mercados mundiais do petróleo em razão dos atrasos nas entregas. Na quarta-feira os preços dispararam. 

“Nunca vimos algo assim”, afirmou Ranjith Raja, chefe de pesquisa de petróleo e marítima do Oriente Médio no fornecedor de dados financeiros Refinitiv, dizendo que é “provável que a paralisação dure vários dias”. 

Imagem: Marina Passos

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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