Caso Henry: mãe e vereador são presos por homicídio e tortura

A professora Monique Medeiros da Costa e Silva e seu companheiro Jairo Souza Santos Junior, o vereador Dr Jairinho (Solidariedade), foram presos nesta quinta-feira por envolvimento na morte do menino Henry, filho de Monique. Segundo o delegado Henrique Damasceno, responsável pelo caso, Henry Borel Medeiros foi torturado pela mãe e pelo padrasto sem chances de defesa, fator que leva os autores do crime a uma pena de 30 anos, se condenados.

As investigações da Policia Civil concluíram após ouvir 18 testemunhas no inquérito que o parlamentar “Impunha uma rotina de violência ao enteado”. Para o delegado, que classificou o crime como homicídio duplamente qualificado, “há provas contundentes que revelam fundadas razões de autoria de crime hediondo”. Foram feitas perícias nos celulares e computadores apreendidos com o pai do menino, o engenheiro Leniel Borel de Almelda, e com sua ex-mulher Monique. Eles conseguiram recuperar  mensagens enviadas pela babá de Henry à patroa, a alertando sobre as agressões.

Fotógrafo que acusou Jairinho de tortura perde esposa e filhos

O vereador já foi acusado de participar de sessões de tortura contra uma equipe de reportagem que fazia trabalho investigativo na região que comandava, em 2008. Segundo relatos do fotógrafo Nilton Claudino, um e dos dois jornalistas agredidos na ocasião: “esse político me batia muito. Perguntava o que eu tinha ido fazer na Zona Oeste. Questionava se eu não amava meus filhos”. A policia Civil do Rio de Janeiro chegou a investigar o caso, mas o inquérito não foi suficiente para indiciá-lo.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp