Mulher com problemas psiquiátricos agride família em hospital

Familiares de uma paciente do Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO) afirmam que precisaram morar em um carro por cinco dias enquanto um parente aguardava uma cirurgia no ombro. A família mora em Cabeceiras, a 330km da capital, e acompanhava Luciene José de Oliveira, de 49 anos, que, segundo relatos, apresenta problemas psiquiátricos. Luciene foi liberada na manhã desta terça-feira (13) sem realizar a operação.

Os parentes contam que buscaram ajuda e foram direcionados à ouvidoria do hospital, mas não receberam nenhum retorno. A assessoria do Hugo relata que a família não entrou em contato com a equipe do Serviço Social em busca de orientação sobre onde se hospedar de forma gratuita. Segundo o hospital, se soubesse da situação, teria tomado providências. Em nota divulgada pelo Hugo, a avaliação médica constatou que: “a fratura não necessita de uma cirurgia imediata”.

“É muito difícil ficar vindo aqui e ela tem problemas psiquiátricos. Ela precisa passar pela cirurgia o mais rápido senão ela vai surtar. Ela já está agredindo, não quer comer, não quer tomar banho, não deixa a gente chegar perto dela”, afirmou a irmã de Luciene. Por fim, a família decidiu levá-la a uma unidade de saúde mais próxima de Cabeceiras.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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