STF mantém decisão: Moro foi parcial

Nesta quinta-feira, 22, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento do processo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje foi realizada a votação da suspeição do ex-juiz Sergio Moro. Até o momento, a maioria votou pela manutenção da decisão que declara Moro parcial no julgamento do triplex do Guarujá.  Foram sete favoráveis e dois contra.

O ministro Edson Fachin votou pela extinção da decisão que declarou Moro suspeito. Gilmar Mendes divergiu de Fachin e votou pela decisão da Segunda Turma, que declarou o ex-juiz parcial. Os ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes seguiram o voto de Gilmar Mendes.

Logo após, Luís Roberto Barroso acompanhou o voto do relator Edson Fachin pela suspeição do ex-juiz. Depois do presidente Luiz Fux pedir o encerramento da sessão e a retomada do julgamento na próxima quarta-feira, 28, Lewandowski  solicitou adiantar seu voto, que também foi favorável. Dias Toffoli, Carmem Lúcia e Rosa Weber seguiram Lewandoski, deixando assim 7 votos favoráveis a 2 contrário à decisão.

O presidente Luiz Fux decidiu retomar o julgamento na próxima quarta-feira, 28.

Relembrando que no dia  23 de março, a Segunda Turma, formada por cinco ministros, declarou a suspeição do ex-juiz por 3 votos a 2. Por isso, o colegiado havia entendido que Moro foi parcial no processo do triplex do Guarujá.

Foto: Andre Coelho/Getty Images

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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