Aparecida de Goiânia: Irmãs de jovem morto por agulha de narguilé prestam depoimento à polícia

As irmãs de Adailton Gomes de Abreu, morto no dia 18 de setembro de 2020 após ser ferido com uma agulha de narguilé, prestaram depoimento à polícia, nesta quinta-feira (22), em Aparecida de Goiânia. Segundo o delegado responsável pelo caso, o depoimento não alterou a conclusão do inquérito, que indica a namorada da vítima pela morte.

Adailton morreu na casa da namorada, no Residencial Village Garavelo, em Aparecida de Goiânia, após uma discussão do casal por um pastel de feira. De acordo com a polícia, inicialmente, havia a suspeita de que o jovem teria sofrido um infarto. Porém, a aquipe notou que a perfuração com a agulha, que atingiu Adailton no coração. “A lesão foi única, certeira e fatal. Ele agonizou por pouco tempo e depois já veio a óbito”, disse o investigador.

Em novembro do ano passado, Nicole Maria, que tinha 19 anos, foi indiciada pela Polícia Civil por homicídio doloso privilegiado, mas estava respondendo em liberdade por se apresentar após o crime e colaborar com as investigações. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), eles aguardam a devolução do processo, por parte do delegado, para dar andamento no caso.

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp