Covid-19: mais de 16 mil pessoas tomaram doses de vacinas trocadas

De acordo com o DataSus, sistema de informações do Ministério da Saúde, ao menos 16,5 mil pessoas tomaram doses trocadas contra a Covid-19 no Brasil. Informações da Folha de S. Paulo indicam que 14.791 pessoas iniciaram a imunização com a Oxford/AstraZeneca, e depois tomaram a segunda dose da CoronaVac. Outras 1.735 fizeram o contrário.

O erro ocorreu em quase todo o país, exceto no Acre e no Rio Grande do Norte. A maior parte das trocas foi feita na vacinação de profissionais da saúde. Segundo a imunologista Cristina Bonorino, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) “quem tomou uma dose de um fabricante e outra dose do outro, não tomou nenhuma dose completa da vacina”, assim não está imunizado.

Vale lembrar que as vacinas tem intervalos diferentes de aplicação, sendo 28 dias para a CoronaVac e até 3 meses para a AstraZeneca. O ministério da saúde disse que foi notificado apenas sobre 481 aplicações trocadas, mas que cabe aos estados e municípios o acompanhamento e monitoramento de possíveis sintomas adversos nessas pessoas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp