Porque profissionais estão optando por carreiras em startups e não em empresas tradicionais?

Toda empresa sabe o peso de um bom profissional em sua equipe, é por isso que elas se dedicam tanto para recrutar os melhores talentos. Mas não são só as empresas que procuram suas melhores oportunidades, os candidatos também fazem isso. Um bom candidato provavelmente irá escolher a empresa em que deseja trabalhar e vai levar em conta diversos fatores para tomar essa decisão. De acordo com uma pesquisa realizada pela Indeed, ferramenta de busca de empregos, em parceria com a empresa de pesquisa Censuwide, os fatores essenciais para essa tomada de decisão são: reputação da empresa, reconhecimento no mercado, detalhes da vaga, oportunidade de progredir, avaliações da empresa, benefícios oferecidos e tratamento dos funcionários.

Quando o assunto é reputação da empresa na visão dos colaboradores, a Great Place to Work atua como uma consultoria de boas práticas de gestão de pessoas e de bom ambiente de trabalho, além de delegar aos colaboradores a avaliação da empresa. Corporações com esse selo atraem e retém mais talentos, por vezes ele é até considerado como uma estratégia de employer branding, já que coloca o colaborador como centro das estratégias de negócios.

Nos últimos anos, a GPTW tem dado destaque às startups do setor de tecnologia. O setor acabou ficando na frente da disputa pelos melhores talentos. De um tempo para cá, os profissionais passaram a levar em conta a cultura organizacional de valorização de seus colaboradores para escolher seus ambientes de trabalho. De acordo com os dados da GPTW, em 2019 as empresas de tecnologia ficaram entre os 5 primeiros lugares na categoria empresas nacionais/ américa latina. A tendência fica mais clara ainda quando analisamos o ranking do ano seguinte, 2020, as empresas de tecnologia alcançaram o 1º lugar do mesmo ranking.

A escolha de talentos por empresas de tecnologia vem se desenhando de forma muito clara. Há seis anos consecutivos a Google, uma empresa de tecnologia, é indicada como a corporação mais desejada por profissionais em uma pesquisa feita pela brasileira Cia de Talentos. Esse estudo foi realizado com diversos profissionais, de diferentes níveis hierárquicos. Os motivos para isso são muitos: salários, benefícios básicos e extras, oportunidade de crescimento, cultura e ambiente organizacional, elementos esses que são amplamente avaliados no Great Place to Work. O que mostra uma conexão entre os ambientes das empresas de tecnologia.

O setor de tecnologia engloba  vários ramos e um deles vem ganhando muito destaque na mídia, o mercado de games. De acordo com um estudo feito pela Newzoo, consultoria especializada em entretenimento gamer, o universo gamer deve gerar 180 bilhões de dólares em 2021. Essas empresas atuam desde a elaboração de jogos até a criação de campeonatos online. Como é o caso da Gamers Club, plataforma e comunidade de esportes eletrônicos na qual fãs e marcas estabelecem conexões, que em 2020 conquistou seu lugar no ranking da Great Place to Work na categoria pequenas empresas do interior. Inclusiva e diversa, a Gamers Club tem apostado na busca pelos melhores talentos.

Para Victória Fregonezi Bernardes, coordenadora de People da Gamers Club “ O time cresceu muito desde o ano passado, abrimos vagas de quase todas as áreas e com certeza tecnologia foi o setor que se destacou. O crescimento do mercado abriu oportunidade para aumentarmos o time e nossa seleção sempre foi pautada, não só no alinhamento técnico, mas com a cultura organizacional. Não precisa ser gamer para participar do processo seletivo, procuramos pessoas que gostem de desafios, que pensem em como entregar valor para a comunidade, que saibam trabalhar em equipe para chegar mais longe e que tenham espírito empreendedor, fazendo a diferença por onde passam. Em contrapartida, nos comprometemos em entregar um ambiente leve e descontraído, muito dinâmico e cheio de oportunidades para se desenvolver e inovar, além de jogar, claro! Crescemos bastante com relação a processos internos também, assim conseguimos ser transparentes com relação ao crescimento de cada pessoa aqui dentro e trabalhar a retenção desses talentos através de trilhas de carreiras e avaliações de desempenho”.

 

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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