Kit Gay nas escolas de Senador Canedo gera polêmica

Áudios de habitantes de Senador Canedo, munícipio de Goiás, queixam sobre ”kit gay”, projeto que o governo da cidade levaria até a escolas com o nome ”Cidadania LGBT”. O projeto, transmitido por um aplicativo de vídeo, seria uma palestra sobre direitos LGBT na educação ministrado pelo Gerente de Inclusão e Diversidade da SEMECEL, Cleyton Feitoso, e pela Diretora de Direitos da Cidadania da Secretária de Assistência Social e Cidadania, Alessia Pereira.

Em Áudio, um dos moradores critica a implantação do projeto em escola. Segundo ele: ”Criança precisa aprender ler e escrever, a ciência, a educação física, criança não precisa aprender sobre LGBT não. Porque a criança vai a escola e ela aprender o que colocam na cabeça dela. Ai o professor vai até ela e explica que é normal ser gay. Não é normal ser gay não. Precisa procurar um tratamento, um psicólogo. Não é normal ser gay” disse um dos moradores.

 

Em outro áudio, outro morador discute com o secretário dizendo que: ”Seu dialético é furado. Não é porque você é gay, que pode levar para as escolas um tema apenas por que você é homossexual.” disse. ”Agora porque vocês são homossexuais, então nós temos que colocar na matéria da educação a homossexualidade porque vocês sofrem bullying, vocês são perseguidos, não senhor.” ressaltou o homem.

Brasil é um dos países que mais cometem crimes contra pessoas LGBT. Segundo pesquisar feitas pelo Grupo Gay da Bahia, o país registra uma morte de LGBT a cada 26 horas. Em 2019, houve uma redução de 26% se comparando com 2018.

Ouça os áudios:

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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