Pazuello é visto andando sem máscara em shopping de Manaus

Neste domingo (25), o ex-ministro da saúde, Eduardo Pazuello, foi flagrado andando sem máscara pelo shopping Manauara, em Manaus, ignorando o decreto estabelecido no estado que obriga seu uso dentro de ambientes fechados coletivos.

Jaqueline Bastos, fotógrafa, estava no local e registrou o flagrante: “Assim que ele entrou no shopping, ele passou por mim. E eu perguntei mesmo se ele estava sem máscara no shopping, ele respondeu: ‘pois é, tô sem máscara, né? Aonde compra isso?’, aí foi andando e rindo. Ficou meio andando em círculos, até que uma cliente parou e deu uma máscara que ela mesmo comprou para ela, e deu para ele”, contou.

Depois de questionado, uma cliente entregou uma máscara que ela mesma comprou para Pazuello. A entrada sem a utilização da máscara foi permitida pela funcionária do shopping que mede a temperatura antes da entrada no estabelecimento.

Através de sua assessoria, Pazuello afirmou que sua máscara descartável ficou inutilizadas e ele solicitou a entrada para adquirir uma nova sendo informado pela funcionária para ir até o quiosque mais próximo e adquirir uma máscara rapidamente. O ex-ministro pediu desculpas pelo ocorrido e disse que ”o correto era ter voltado e não entrado no shopping”.

Eduardo Pazuello é um dos investigado no inquérito da CPI da Covid, instalada no Senado nessa terça-feira (27). Pazuello será ouvido pela sua administração durante a crise sanitária no Amazonas no início do ano, quando houve falta de oxigênio para o tratamento de pacientes com Covid-19.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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