Mais de 400 animais encalharam na noite de quinta-feira (09) em uma praia da Nova Zelândia. Cerca de 300 morreram durante a madrugada, em um dos piores casos já registrados no país.
Centenas de moradores e agentes de proteção ambiental participam de uma operação de resgate, que teve inicio na manhã desta sexta-feira (10). Eles formam uma verdadeira corrente humana na tentativa de devolver as baleias para alto-mar.
Para os cientistas, a razão pela qual os cetáceos encalham não é clara, alguns animais estão doentes, com idade avançada. Assim acabam cometendo erros de navegação, especialmente quando se trata de praias com inclinação suave. Muitas vezes, quando uma baleia encalha, ela envia um sinal de socorro para atrair outros membros de seu grupo, que por sua vez também acabam encalhando quando a maré baixa.
De acordo com o New Zealand Herald, o Departamento de Conservação recebeu o alerta sobre um possível encalhe na noite de quinta-feira. Porém, como era arriscado iniciar a operação de resgate no escuro, os trabalhos só começaram pela manhã.
Segundo representantes do projeto, os animais sobreviventes estão “sendo mantidos calmos e confortáveis” por médicos e voluntários.
A voluntária Ana Wiles contou que algumas baleias tentaram nadar de volta à costa, e a corrente humana estava tentando fazer com que elas fossem para águas profundas.
Ela relatou ao site de notícias Stuff que havia “muitas barbatanas no ar, sem respiração”.
“Conseguimos fazer algumas baleias flutuarem, mas havia uma quantidade horrível de mortos na parte rasa, então foi realmente muito triste”, disse Ana Wiles.
A Nova Zelândia tem uma das maiores taxas de encalhe no mundo, com cerca de 300 golfinhos e baleias desembarcando em suas praias todos os anos.. Muitos desses incidentes acontecem em na praia de Farewell Spit. Segundo especialistas, as águas rasas da praia parecem confundir os cetáceos, dificultando sua capacidade de navegar.