Harem BR: PF faz operação contra tráfico de mulheres em Goiânia

Nesta terça-feira (27), a Polícia Federal (PF) cumpre oito mandados de prisão e nove de busca de apreensão em uma operação contra o tráfico de mulheres. A operação, chamada de Harem BR, foi autorizada pela 1ª Vara da Justiça Federal em Sorocaba, no interior paulista, e será cumprida em Goiânia (GO), São Paulo (SP), Foz do Iguaçu (PR), Venâncio Aires (RS), Lauro Freitas (BA) e Rondonópolis (MT).

Entre as ordens de prisão, cinco suspeitos foram incluídos na lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) devido ao fato que os investigados podem estar no Paraguai, nos Estados Unidos, na Espanha e Austrália.

Segundo a PF, as investigações começaram em 2019 após a constatação de que um grupo de estelionatários teriam usado cartões de crédito clonados para efetuar a compra de duas passagens aéreas para que mulheres fossem até Doha, no Catar, serem exploradas sexualmente.

Os crimes que serão investigados pela PF serão de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, o tráfico de mulheres para fins de exploração sexual, a falsidade material ou ideológica, uso de documentação falsa e Rufianismo.

O inquérito mostrou que uma rede de aliciadores atuava no Brasil e no exterior aliciando mulheres para serem exploradas tanto no Brasil, quanto em outros países. Segundo a polícia, parte das vítimas recrutadas no Paraguai eram menores de 18 anos.

 

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Israel ataca aeroporto no Iêmen com diretor da OMS presente no local

Israel realizou ataques aéreos nesta quinta-feira, 26, contra o aeroporto internacional de Sanaa, capital do Iêmen, e outros alvos controlados pelos rebeldes huthis. As operações, que deixaram pelo menos seis mortos, ocorreram após os disparos de mísseis e drones pelos huthis contra Israel. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o objetivo dos ataques é enfraquecer o que chamou de “eixo do mal iraniano”.

Os bombardeios atingiram o aeroporto de Sanaa e a base aérea de Al Dailami, além de instalações militares e uma usina de energia em Hodeida, no oeste do país. Testemunhas relataram ao menos seis ataques no aeroporto, enquanto outros alvos incluíram portos nas cidades de Salif e Ras Kanatib. Segundo o Exército israelense, as estruturas destruídas eram usadas pelos huthis para introduzir armas e autoridades iranianas na região.

Durante o ataque ao aeroporto de Sanaa, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, estava presente. Apesar dos danos e vítimas relatados, Tedros afirmou estar “são e salvo”. No entanto, um membro da tripulação de seu avião ficou ferido. A comitiva da OMS e da ONU que o acompanhava não sofreu ferimentos graves.

O Irã, aliado dos huthis, condenou os ataques israelenses, classificando-os como um “crime” e uma violação da paz internacional. Os rebeldes huthis também denunciaram os bombardeios, chamando-os de uma “agressão contra todo o povo iemenita”.

Desde 2014, os huthis controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, após a derrubada do governo reconhecido internacionalmente. A guerra, que se intensificou com a intervenção de uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, transformou o conflito em uma das maiores crises humanitárias do mundo.

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