Minas Gerais: Vereador abre caixão de idoso morto por Covid-19

Neste último domingo, 25, o vereador, Wilian Faria (PT), de Santa Bárbara do Leste, em Minas Gerais, chocou os moradores quando  utilizou um facão para abrir um caixão lacrado, com o corpo de um homem de 92 anos, que faleceu após apresentar sintomas da Covid-19. O vereador afirma que o idoso não morreu por Covid, mas sim Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

O vereador contestou o procedimento de lacrar o caixão adotado pela Prefeitura de Santa Bárbara do Leste, expressando que o idoso merecia um funeral digno e não ser sepultado enrolado em plásticos.

O vereador postou em suas redes sociais o rompimento do lacre do caixão. O vídeo chegou a ser visto por policiais civis, que estão investigando o vereador por crime de Infração de Medida Sanitária Preventiva (Art. 268 do Código Penal).

Conforme a Polícia Civil, o atestado de óbito atribuiu a causa da morte à síndrome respiratória e não por Covid-19, em razão do resultado do exame RT-PCR ainda não ter sido liberado, o que determinaria se a Covid-19 foi a causadora da SRAG.

Ainda segundo a Polícia Civil, o procedimento de lacrar o caixão foi correto, já que o idoso apresentava os sintomas clássicos da Covid-19 e, nestes casos, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde determinam o procedimento.

A Prefeitura de Santa Bárbara do Leste lamentou o fato e que a responsabilidade é total do vereador. O presidente da Câmara Municipal de Santa Bárbara do Leste, Altair Nunes Ferreira (MDB), disse que o vereador William Faria será ouvido por uma Comissão Parlamentar de Inquérito. 

Em suas redes sociais, o vereador William Faria, afirmou que lamentava a posição do presidente da Câmara e declarou que sua função é fiscalizar. Ele ainda reafirmou que o idoso não morreu vítima da Covid-19.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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