MP denuncia policial militar por homicídio em Goiânia

O Ministério Público de Goiás denunciou na última sexta-feira (23), um policial militar e um segurança pela morte do funcionário de uma rede de supermercados em Goiânia, e ferimentos causados a um cliente do estabelecimento em 2017. De acordo com a denúncia, o policial Bruno Carili Horbylon e o segurança Bruno da Silva Menezes tiveram uma discussão por “motivo fútil” e acabaram provocando um confronto armado que resultou na fatalidade.

A denúncia por homicídio qualificado foi feita pelo promotor de Justiça Sebastião Marcos Martins, da 29ª Promotoria de Justiça de Goiânia. Segundo a promotoria, eles também vão responder por lesão corporal e tentativa de homicídio. O tribunal de justiça vai avaliar o documento e decidir se os envolvidos vão a júri popular pelos crimes.

Relembre o caso

Em fevereiro de 2017, um tiroteio no Carrefour em Goiânia causou a morte de Ari José dos Reis, funcionário da rede de supermercados, após um policial militar se desentender com um cliente e apontar uma arma para o mesmo. O segurança do local chamou sua atenção e os dois discutiram, o que resultou na troca de tiros. Além da morte do funcionário, um cliente ficou ferido.

 

 

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp