“A saúde deve ser um direito e não um privilégio nos EUA”, afirma Joe Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, discursou para o Congresso americano pela primeira vez ao completar 100 dias de governo. Dentre suas falas, ele apresentou dois grandes programas: o “Plano das Famílias Americanas” e o “Plano dos Empregos Americanos”. Além disso, tratou de temas tabus e defendeu a retomada do protagonismo americano frente a questões globais.

O Plano das Famílias Americanas se trata de uma estratégia de grandes proporções: um investimento federal de US$ 1,8 trilhão (cerca de R$ 9,7 trilhões), que terá como principais focos a educação, as creches e as licenças remuneradas.

Já o Plano dos Empregos Americanos prevê investimentos em estradas, pontes, ferrovias, escolas e banda larga, sendo liderado pela vice-presidente Kamala Harris.

Na contra mão do ex presidente Donald Trump, que havia se afastado de órgãos globais, Biden já retomou o Acordo de Paris e laços com a Organização Mundial da Saúde.

O presidente disse também que vai encerrar a guerra com o Afeganistão: “Fomos ao Afeganistão enfrentar os terroristas, dissemos que seguiríamos Bin Laden até o inferno se fosse preciso, derrubamos a Al Qaeda com sacrifício e agora é hora de trazer essas tropas de volta para casa”

COVID-19

A promessa de Biden antes de ser eleito é que distribuiria 100 milhões de doses da vacina nesses primeiros cem dias de governo. Com a meta dobrada, o presidente dos EUA enfatizou o resultado da campanha que promoveu medidas de auxílio social nos primeiros três meses de governo e reforçou o convite da vacina.

“Todos acima dos 16 anos podem tomar a vacina agora. Quando quiserem, vão se vacinar, ela está disponível”

Em seu discurso, Biden defendeu também a redução dos preços dos medicamentos, falou de políticas para tratar a imigração no país, tratou do racismo a partir do diálogo que fez com a filha de George Floyd e defendeu a população LGBTQIA+.

“Também tenho na minha mesa a lei para proteger as pessoas transgêneras. Saibam que o presidente cuida de vocês. Também vamos cuidar da lei de violência contra a mulher. Ela precisa ser aprovada, foi escrita há 20 anos por mim. Precisamos fazer com que homens que ataquem mulheres não tenham uma arma. 50 mulheres são assassinadas a tiros por mês nos EUA, vamos aprovar e vamos salvar vidas”, afirmou.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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