Mato Grosso: Indígena tem garganta perfurada por pássaro

Elik Júnior Monzilar Parikokoriu, um jovem indígena de 23 anos, teve sua garganta perfurada por um pássaro enquanto voltava para a sua aldeia dirigindo uma motocicleta no sábado (24). O jovem andou 9 quilômetros com o pássaro preso em seu corpo até chegar em sua aldeia.

No local, relatou falta de ar e chegou a desmaiar de dor. Após os primeiros socorros que foram prestados por sua família, ele foi levado para o atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS), dentro da própria aldeia. Lá, o pássaro foi retirado de seu pescoço e em seguida, Eik foi levado de ambulância até a Unidade de Pronto Atendimento de Barra do Bugres.

O jovem contou que estava voltando para a aldeia depois de ter terminado um trabalho como artesão na cidade. Ele parou para esperar a poeira baixar, depois que um carro passou pelo local. Assim que saiu, um pássaro bicou sua garganta, resultando um buraco em seu corpo.

Os primeiros socorros foram prestados pela técnica de enfermagem Elizete Ariabo Calomezore, que contou que nunca havia atendido nenhum caso parecido com aquele.

“Ele puxou o pássaro [que ainda estava na garganta] e começou a sangrar pelo pescoço e pelo nariz. Fiz a limpeza e liguei para o médico, que me passou as orientações para o atendimento. Segui as orientações dele e o encaminhei, com o pássaro, para a médica de plantão avaliar de perto lá em Barra do Bugres”, contou a técnica de enfermagem.

De acordo com especialistas, o primeiro atendimento foi fundamental para que a situação não se agravasse.

O pássaro, que pode ser confundido com um beija-flor, tem o nome de riramba-preta, que faz parte de um grupo de aves insetívoras.

Este acontecimentos é raro de se acontecer. A ave morreu. O indígena guardara a carcaça com lembrança pela nova chance que teve.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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