Nesta quinta-feira, 29, o papa Francisco tomou medidas para evitar a corrupção no Vaticano. Ele determinou a realização da divulgação econômica total para controles dos administradores, norma que vale até mesmo para cardeais.
Além disso, o decreto determina que padres e cardeais divulguem no momento da nomeação, e depois a cada dois anos, se já foram alvo de investigação financeira.
Também foi determinado que cardeais não podem se beneficiar de paraísos fiscais, aceitar presentes de valor superior a 40 euros (R$ 260) ou ter imóveis obtidos por meio de fundos de atividades ilegais.
A nova medida segue decreto anterior, de maio de 2020, em que o papa endurece as regras para contratos de aquisição pelos departamentos do Vaticano.
Os religiosos devem declarar que não possuem, nem mesmo por terceiros, investimentos ou participações em empresas listadas com alto risco para lavagem de dinheiro.
Assim como não podem manifestar ações ou outros interesses em empresas que as políticas sejam contrárias à doutrina social da Igreja.
O papa afirmou que os funcionários devem aderir a “regulamentações e melhores práticas aceitas internacionalmente”, requerendo transparência daqueles que ocupam cargos importantes, para combater “conflitos de interesse, práticas de clientelismo e corrupção em geral”, de acordo com o publicado pela Reuters.