Nova fórmula de partilha do ICMS aos municípios é discutida pelo Governo

Os secretários da Fazenda, Fernando Navarrete, e do Planejamento, Joaquim Mesquita, se reuniram na última semana com os presidentes da Federação Goiana dos Municípios, Haroldo Naves Soares, e da Associação Goiana dos Municípios, Paulo Sergio de Rezende, para discutir o projeto do ICMS de Gestão, que integra o programa Goiás Mais Competitivo e Inovador (GMCI). A reunião foi no gabinete do secretário da Sefaz e serviu para a apresentação da nova fórmula de partilha do ICMS que pertence aos municípios, estabelecido em 25% do ICMS como prevê a Constituição Federal.

A proposta apresentada pretende redistribuir o ICMS da seguinte forma: 75% de acordo com a economia dos municípios, ou seja, pelo valor adicionado. Os 25% restantes devem ser distribuídos: 5% pelo critério ecológico, 9% pelo educacional, 6% pelos indicadores de saúde, 2% pela segurança, 1% pela transparência e 2% pelo mínimo per capita. Atualmente, a repartição do ICMS é da seguinte forma: 85% pelo valor adicionado; 10% distribuído de forma igualitária e 5% pelo ICMS ecológico.

A partilha do ICMS ecológico deve levar em consideração a existência de unidades de conservação, a estrutura formal, o que vai fortalecer o sistema nacional do meio ambiente e a destinação dos resíduos sólidos pela proposta apresentada hoje. O critério educacional vai ser mediante as notas recebidas pelo IDEB nos anos iniciais e finais e as taxas de matrícula da pré-escola e creches. Dentro da saúde, a divisão vai considerar os índices de mortalidade e a cobertura da atenção básica. Pela segurança, o critério deve ser o número de homicídios. Para a transparência, o critério será o índice divulgado anualmente pelo MPF.

Também foi discutida a ideia da divisão do imposto pelo mínimo per capita garantindo que os municípios recebam, ao menos, um terço do piso fixado referente à distribuição do ICMS. Atualmente, esse valor é de R$ 450 per capita. “Existem municípios pequenos que recebem menos de 1/3 desse valor e a ideia é corrigir essa discrepância”, explicou o superintendente da Receita, Adonídio Neto Vieira Júnior, que apresentou o estudo aos presentes.

“A ideia do projeto é redistribuir o ICMS de forma mais justa para os municípios”, afirmou Fernando Navarrete. Para o secretário Joaquim Mesquita o projeto vai garantir maior participação no bolo tributário para os municípios que se comprometerem a melhorar seus índices de desenvolvimento. Os representantes dos prefeitos elogiaram os conceitos apresentados, mas pretendem fazer algumas mudanças.  As entidades entendem que o conceito da proposta foi muito bom, mas precisam discutir melhor os critérios da repartição, afirmaram os presidentes da AGM e FGM. Novas reuniões e cálculos serão feitos em busca do consenso para o tema entre a Receita e as entidades.

Além do superintendente da Receita, também participaram da reunião o chefe de gabinete da Sefaz, Sergio Augusto de Oliveira, o secretário do Coíndice, Fabiano Gomes de Paula e diversos representantes municipalistas. Ao final do encontro, o coordenador do grupo de educação fiscal, José Humberto, convidou os prefeitos para participar de curso organizado pela Escola de Administração Fazendária (ESAF) sobre formação em finanças públicas.

Fonte: Goiás Agora

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Goiás tem quatro cidades entre as de maior fluxo turístico do Brasil

Levantamento divulgado pelo Ministério do Turismo (MTur), na quarta-feira, 18, mostrou que Goiás figura com quatro municípios (Caldas Novas, Rio Quente, Goiânia e Pirenópolis) na principal categoria do ranking que mede o fluxo turístico e os empregos gerados pelo setor, em todo o Brasil.

Os destinos turísticos goianos, inclusive, dividem espaço na categoria A com outros locais consagrados no cenário nacional, como Campos do Jordão (SP), Porto Seguro (BA) e Gramado (RS).

Mapa do Turismo

A cidade de Pirenópolis voltou a integrar a categoria A do levantamento, feito com base em todos os municípios brasileiros que integram o Mapa do Turismo. Atualmente, Goiás possui 91 municípios cadastrados formalmente no Mapa do Turismo.

Desse total, 40,7% estão distribuídos nas principais categorias, sendo: 4,4% na categoria A; 16,5% na B; 19,8% na C; e 59,3% na categoria D.

“Temos um grande desafio pela frente, que é o de formalizar os profissionais que lidam diretamente com o turismo e que fazem com que pouco mais da metade dos nossos destinos figurem na categoria D. Mesmo assim, temos que celebrar os avanços conquistados pelos demais municípios, que estão galgando melhorias neste quesito e estão ampliando a participação da receita local com o turismo. Ver Pirenópolis alcançado a principal categoria é motivo de muita alegria”, declara o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

Os índices de fluxo de turistas e de empregos formais gerados utilizados no mapeamento do Ministério do Turismo foram levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e correspondem ao período de 2021.

Com base neste levantamento, os quatro municípios goianos que integram a principal categoria disponibilizavam na época 276 estabelecimentos de hospedagem (hotéis e pousadas), que geraram mais de 6 mil empregos diretos e contribuíram com os cofres públicos ao arrecadarem mais de R$11 milhões em impostos.

“Estamos diante de dados econômicos e de formalidade do setor que refletem o ano de 2021, ou seja, ainda dentro da pandemia. Nossa expectativa é que esse cenário seja redesenhado nos próximos levantamentos do Ministério do Turismo, pois vamos retratar um novo cenário, pós-pandêmico, onde o turismo goiano tem avançado a passos largos, acumulando recordes na formalização dos profissionais do setor, e de fluxo de turistas nos nossos destinos”, avalia o presidente da Goiás Turismo.

Um dado relevante da pesquisa é que Rio Quente, com apenas três estabelecimentos hoteleiros registrados foi responsável por arrecadar sozinha R$ 5,1 milhões em tributos e gerar quase dois mil empregos formais.

“Uma cidade que, em 2022, registrava quase 4 mil habitantes, ter quase 50% dos empregos destinados ao turismo é muito relevante. Juntamente com Caldas Novas, formam a região das Águas Quentes, um dos principais destinos turísticos do Brasil”, avalia Fabrício Amaral.

Em âmbito nacional, a pesquisa mostrou que houve um aumento de 151% no número dos municípios que passaram a integrar a categoria A do Mapa do Turismo Brasileiro, mostrando que em todo o país têm sido registrados avanços no setor.

O mapeamento permite ao poder público identificar pontos que merecem mais atenção para a promoção de políticas públicas, e entender melhor sobre o impacto econômico do segmento turístico em todo o Brasil, principalmente regionalmente.

Formalização do setor turístico em Goiás

Em novembro deste ano, Goiás bateu o recorde de adesão de profissionais no Cadastur, atingindo a marca de 8.200 registros e passando a liderar o ranking de cadastros no Centro-Oeste Brasileiro. O número de prestadores de serviços turísticos que atuam de forma legal no estado passou de 1,280 em 2019 para 8.200 em 2024.

O documento que comprova a legalidade de profissionais e empresas turísticas, garante segurança ao viajante e vantagens aos trabalhadores da área.

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