Ministério da Saúde irá contraindicar remédios sem eficácia para a Covid-19

O Ministro da Saúde,, Marcelo Queiroga, encomendou o protocolo para tratamento farmacológico do coronavírus na internação para um núcleo técnico-científico criado por ele assim que assumiu o cargo no mês de março, irá contraindicar o uso de remédios como cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, redemsivir e outros que não tenham eficácia comprovada para a Covid-19 em ambientes hospitalares. Alguns dos remédios tem efeitos adversos.

O documento não tratará a utilização deles foram do ambiente hospitalar, já que o objetivo do grupo técnico é o tratamento da Covid-19 desde a chegada ao hospital até o pós-Covid. O protocolo, que foi elaborado por um grupo encabeçado pelo médico e professor da USP Carlos Roberto de Carvalho, indicará o uso do anticoagulantes e corticoides no tratamento da Covid-19.

Queiroga deve receber o material ainda nesta semana e decidirá de que maneira e quando ele será incorporado e distribuído pela rede nacional da saúde. Os protocolos têm o objetivo de fornecer diretrizes uniformas para o tratamento da Covid-19, a potencializando para a chance de cura.

A elaboração dos protocolos tem sido feita a partir da colaboração com sociedades médicas, acrescentando orientações sugeridas por elas. Dois dos protocolos já foram entregues a Queiroga, que os anunciou na sexta-feira (3), pelo uso racional de oxigênio e intubação.

Os protocolos contém três partes: um fluxograma, que poderá ser visto em tela de celular ou ser impresso e pendurado em paredes de hospitais e UTIs; um texto explicativo, detalhado mas breve e objetivo; e um pequeno filme para ilustrar os procedimentos (como colocar as máscaras, etc.). O grupo deve elaborar ainda mais dois ou três protocolos. Um deles, o uso de ventilação mecânica, deve ser entregue até o final da semana.

 

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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